postado em 10/12/2009 13:35
Se Jacques Villeneuve conseguir realmente voltar à Fórmula 1 após três anos e meio de ausência, não o fará por meio da Lotus. O campeão mundial de 1997 teve seu nome descartado da luta por uma das duas vagas disponíveis na equipe, que deve contratar Jarno Trulli.
O responsável por negar a contratação de Villeneuve foi o próprio chefe da Lotus, o empresário Tony Fernandes, que falou à rede britânica BBC sobre o assunto durante um fórum de esportes a motor realizado em Mônaco. O canadense, que vem trabalhando nos bastidores para articular sua volta à categoria, ainda é especulado ao menos em outra estreante do próximo Mundial, a USF1.
Sem o piloto de 39 anos, um dos assentos da escuderia bancada por um consórcio entre investidores o governo da Malásia deve ficar com outro veterano, Trulli. Com o futuro indefinido desde que a Toyota anunciou o fim de suas atividades na Fórmula 1, o italiano tem como grande trunfo o bom relacionamento com Mike Gascoyne, diretor técnico da novata com quem trabalhou desde 2000 em Jordan, Renault e Toyota.
"Espero anunciar a dupla titular até a semana que vem", informou, em meio a contexto, Fernandes, que também ratificou o interesse em contratar o malaio Fairuz Fauzy para ser piloto ou testador oficial. No ano de estreia, o empresário terá um orçamento de 55 milhões de libras (R$ 157 mi) e admite não ter esperanças de brilhar imediatamente. A confiança em ser bem-sucedido em longo prazo, por outro lado, é grande.
"Sabemos que não vamos competir no pelotão da frente em 2010, mas isso leva tempo e teremos uma boa base para seguir adiante", afirmou ele, cujo primeiro objetivo será bater a Manor, bancada por seu rival, o milionário Richard Branson, do Virgin Group. "Em primeiro lugar temos de estar à frente dele. Caso contrário, pedirei aposentadoria e vou me matar", brincou. Fernandes é dono da companhia aérea Air asia, enquanto que Branson, ex-patrocinador da Brawn GP, também tem fortes investimentos nesse setor.