postado em 17/12/2009 14:36
Lucas di Grassi ainda nem começou sua carreira como piloto oficial da Fórmula 1, mas o brasileiro de 25 anos já tem planos ambiciosos na categoria. Além do óbvio sonho de sagrar-se campeão mundial, o paulista também ambiciona repetir os passos de Emerson e Wilsinho Fittipaldi e, no futuro, ser dono de uma escuderia.
"Penso em, um dia, ter uma equipe", comentou Lucas, que é filho de Vito Di Grassi, um dos executivos mais importantes da Engesa, uma das empresas de material bélico mais importantes do mundo na década de 70 e 80. "Mas isso é uma coisa que ainda está tão distante que prefiro me focar agora em dirigir um Fórmula 1, o que já é bastante complicado", destacou.
Ao contrário de muitos atletas, Lucas nunca deixou os estudos de lado, chegando até mesmo a cursar faculdade. O piloto também é membro da Mensa, grupo fundado na Inglaterra na década de 40 e que reúne pessoas que possuem inteligência acima da média - a organização diz aceitar apenas aqueles que possuem um QI na faixa dos 2% superiores da população.
"Minha família, especialmente a minha mãe, sempre me obrigou a ir bem nos estudos para continuar andando de kart. Por isso, eu estudava como um louco. Sempre pensei em fazer algo relacionado com a engenharia ou administração, até porque a carreira de piloto não é eterna", contou Di Grassi.
A inteligência de Lucas, aliás, foi destacada pelo CEO da Virgin, Alex Tai. "Essa foi uma das razões para a escolha dele. Precisamos dos melhores cérebros, além dos melhores talentos", explicou o dirigente, ressaltando que o chefe do time, John Booth, disse que "se não contratasse Lucas como piloto, o chamaria para ser engenheiro".
Emerson e Wilson Fittipaldi fundaram na década de 70 a Copersucar, primeira equipe brasileira de Fórmula 1. Entre 1975 até seu final, em 1982, o time disputou um total de 104 corridas, tendo o segundo lugar de Emerson no GP do Brasil, em 1978 como melhor resultado.