postado em 17/12/2009 17:21
O próximo Mundial de Fórmula 1 contará com uma importante novidade técnica: após 16 anos, o reabastecimento dos carros durante a corrida está proibido, obrigando projetistas e engenheiros a desenvolverem um carro capaz de ser rápido tanto com muito quanto com pouco combustível.
Após testar o simulador da Virgin Racing nesta quarta-feira, Di Grassi deu uma amostra do quanto a diferença de peso alterará o desempenho dos monospotos. "Do fim da classificação até o começo da corrida, quando todos estarão com tanque cheio, os carros foram até 5s5 mais lentos por volta", contou o piloto.
Para o próximo ano, o peso mínimo de um carro de Fórmula é de 620kg, mas o combustível vai acrescentar cerca de 150kg a mais nas primeiras voltas. Tamanha alteração obrigará os competidores a conduzirem de maneira diferente durante a prova.
"O comportamento do carro muda completamente. Em algumas curvas, vamos usar uma marcha com tanque cheio e outra com tanque vazio. Será difícil ser rápido e constante", avaliou Di Grassi.
O brasileiro, porém, acredita que a mudança pode beneficiar os times estreantes, entre eles a Virgin. "Claro que quem já compete na Fórmula 1 terá um pouco de vantagem pela experiência, mas um tanque de combutível maior implica em um design diferente de carro para todo mundo e isso é positivo para nós", explicou.
Testador da Renault nas duas últimas temporadas, Di Grassi também destacou a importância desta experiência. "Pude aprender bastante só de estar em contato com o rádio do Alonso, do Nelsinho e do Grosjean, saber o que estava acontecendo, fui a mais de cem reuniões... estou satisfeito onde cheguei, mas acho que ainda posso melhorar bastante", comentou.