postado em 22/12/2009 09:07
Não fosse o grave acidente de Felipe Massa no Grande Prêmio da Hungria, a dupla da Ferrari para a próxima temporada da Fórmula 1 ainda teria Kimi Raikkonen. Contratado a princípio para 2011, Fernando Alonso teve sua chegada a Maranello antecipada por causa das lesões do brasileiro, que fizeram a equipe buscar um outro piloto para comandar o desenvolvimento do novo carro.
Sem saber como Massa evoluiria fisicamente, a Ferrari decidiu em setembro antecipar em um ano a rescisão do contrato de Raikkonen para não confiar a liderança do time ao europeu, muito rápido na pista, porém sem a mesma eficiência no contato com engenheiros e mecânicos. Então foi buscar Alonso e anunciou a assinatura de um contrato por três temporadas com ele, conforme explicou Luca di Montezemolo.
"Apesar do regulamento nebuloso, nosso carro em 2009 não estava no nível de competitividade de que precisávamos", admitiu o presidente da montadora ao jornal esportivo italiano La Gazzetta dello Sport. "Eu tinha medo de que Massa não se recuperasse. Após o acidente nos focamos no carro de 2010, e Kimi tinha problemas trabalhando com o time".
Com essa crítica ao finlandês, Di Montezemolo ainda negou novamente que a parceria com o banco espanhol Santander tenha obrigado a Ferrari a contratar Alonso, como o campeão mundial de 2007 havia indicado recentemente. No geral, o julgamento do dirigente quando aos três anos de trabalho ao lado do ' Homem de Gelo' é "positivo", mas "para saltar adiante" havia a necessidade de trazer "alguém capaz de comunicar-se com a escuderia".
Essa pessoa só poderia ser o bicampeão da Fórmula 1, que já estava na alça de mira de Di Montezemolo há tempos. "Três anos atrás disse a Stefano Domenicali (chefe de equipe) que precisávamos colocá-lo aqui. Ele deveria correr conosco em 2011, mas após a batida de Massa decidimos antecipar isso, depois também de entender que ele não estava envolvido no escândalo de Cingapura", concluiu. Beneficiado direto do erro proposital de Nelsinho Piquet naquela corrida, o espanhol não sabia do plano armado por Flavio Briatore e Pat Symonds, segundo o veredicto da FIA (Federação Internacional de Automobilismo).