E se a vida de um atleta é feita de desafios diários, pensar em 2016 requer traçar, desde já, as quase sete temporadas que ainda estão por vir até a hora da festa do esporte na Cidade Maravilhosa. Assim, Ricardinho entra neste Natal e ano-novo com os pensamentos voltados para 2010.
A partir do ano que vem, o velejador quer focar seus treinos em uma só classe que o prepare para as Olimpíadas no Brasil. ;Este ano treinei no Laser 420 (1a) e no Byte C2. A ideia era ganhar experiência em diversas classes e ver em qual me adaptava melhor. Mas, se eu não me dedicar a uma só, não vou ficar bom em nenhuma. Só vou saber o geral. Focando em uma classe dá para aprender muito mais;, argumentou o candango, que elegeu a 420 como a favorita para o ano que vem.
Para isso, no entanto, o timoneiro precisa encontrar um parceiro com quem tenha um bom entrosamento e que também esteja disposto a treinar forte. ;Teria que ser alguém mais pesado que eu para balancear o peso, que já entenda um pouco do barco e que esteja interessado nos mesmos objetivos que eu;, enumerou. De acordo com o atleta, a escolha pela 420 reflete o interesse em correr de 470 (1)nas Olimpíadas. ;O barco é praticamente o mesmo. O que muda é o tamanho de um para o outro. Como sou pequeno, por enquanto tenho que velejar no menor. Esse é o caminho natural;, esclareceu Ricardinho, que já tem alguns nomes em mente para começar a velejar a partir de janeiro. Resta agora apenas ver quem se enquadra melhor.
1a - Comprimento do barco
O 420 é uma classe que deve o seu nome à sua medida: 4,20m de comprimento
1 - Dois tripulantes
O 470 é uma classe olímpica de vela. Nela, o barco mede 4,7m de comprimento e é desenvolvido com três velas e projetado para dois tripulantes.
Ricardo Paranhos, velejador brasiliense
Quem é ele
Nome: Ricardo Paranhos
Data de nascimento: 20 de fevereiro de 1994
Local: Brasília
Altura: 1,65m
Peso: 45kg
Principais resultados em 2009:
; 5; melhor do mundo de optimist
; 1; no ranking nacional de Optimist
; campeão do DF na classe Optimist e na classe laser
O número
100 - Número aproximado de troféus que Ricardo Paranhos já conquistou
Sem medo da mudança
Apesar da pouca idade, Ricardo Paranhos não descarta a possibilidade de fazer como tantos outros talentos da capital e deixar Brasília para treinar em centros mais fortes. Já em 2010 é possível que Ricardinho tenha um novo endereço. A iniciativa é justificada pelo fato de Brasília ter apenas dois barcos 420 e nenhum campeonato da classe. ;Se eu for, de fato, velejar de 420 acho que vou ter que me mudar. Talvez para o Rio de Janeiro ou São Paulo. Aqui, a classe não é forte e participar de competições é muito importante porque você aprende muito;, ressaltou.
Outra razão para a mudança é a necessidade do atleta acostumar-se a velejar no mar, onde as regatas de vela olímpicas são normalmente disputadas. ;É legal conversar com os atletas que já participaram de olimpíadas, como o Lars e o Torben Grael. Mas o mais importante são os treinos. É disso que eu preciso;, completou.