postado em 04/01/2010 10:20
Empresário e treinador de um grupo de atletas africanos no Brasil, Moacir Marconi, mais conhecido como Coquinho, ficou decepcionado com o desempenho dos brasileiros na edição de 2009 da Corrida Internacional de São Silvestre, disputada em São Paulo na última quinta-feira.
"Na verdade, eu esperava um pouco mais dos brasileiros. Não sei o que aconteceu e competição é competição. A gente nunca pode prever muita coisa. Mas eu esperava um pouquinho mais do que eu vi", declarou Coquinho, que também já disputou algumas edições da São Silvestre.
Apontado como principal esperança do Brasil na prova, Franck Caldeira chegou apenas na 23ª colocação (47min55s). Giomar Pereira da Silva, também cotado ao pódio, chegou na 42ª posição (49min20s). "Ou seja, eles apenas completaram a corrida", pontuou Coquinho.
Pelo segundo ano consecutivo, o pódio da prova masculina da São Silvestre não contou com representantes do Brasil. O queniano James Kipsang venceu com o tempo de 44min40s, seguido por uma dupla compatriotas. Para completar o grupo dois cinco melhores, dois colombianos chegaram na sequência.
Na prova feminina, no entanto, o Brasil foi maioria no pódio. Treinada por Coquinho, a queniana Pasalia Chepkorir ganhou ao registrar 52min30s. Depois da sérvia Olivera Jevtic, Marily dos Santos repetiu o resultado de 2008 e foi a terceira colocada (53min35s). Maria Zeferina Baldaia e Cruz Nonata da Silva completaram o grupo.
Desta forma, o trio de brasileiras superou concorrentes de peso como a etíope Derartu Tulu, dona de duas medalhas de ouro olímpicas nos 10 mil metros e campeã da São Silvestre de 1994, e a queniana Margarete Okayo, que triunfou na edição de 2003 da prova paulistana e tem dois troféus da Maratona de Nova York.
"Não me surpreendi com o desempenho das brasileiras. A Marily colocou a São Silvestre no calendário e mostrou que o Brasil tem qualidade. Não tem esse negócio de ser estrangeira ou não. Ela veio, fez o trabalho dela e foi terceira", disse Coquinho.