Superesportes

Por déficit, City e Chelsea podem ser excluídos de competições

postado em 07/01/2010 14:16
Embora com elencos estrelados e salários astronômicos, Manchester City e Chelsea podem ver todo seu esforço dentro ou fora de campo ir por água abaixo. Isso porque a Uefa cogita excluir as duas equipes de suas competições, entre elas a Copa dos Campeões e a Liga Europa, devido ao altíssimo déficit dos clubes ingleses. Propriedades de magnatas, ambos os times têm muita verba para contratações e contratos, uma vez que os multimilionários Roman Abramovich (Chelsea) e o sheik Mansour bin Zayed Al-Nahyan (Manchester City) despejam do próprio (e farto) bolso para seus clubes desproporcionalmente fortes em termos financeiros. No entanto, uma regra aprovada pela Uefa tenta impedir que os clubes atuem com o caixa no vermelho, caso dos dois ingleses. A medida, chamada de "Fair Play financeiro", será definitivamente implementada na entidade europeia na temporada 2013/2014. O prazo extenso é para que as equipes já se adaptem à nova realidade e não sejam punidas. "Se um clube consegue muito dinheiro ou subsídios e ainda está em déficit dois anos depois, há um problema. Isto é algo que queremos evitar", afirmou Platini quando a regra estava para ser aprovada. Com o risco de punição, tanto Chelsea quanto Manchester City terão que se transformarem em altamente lucrativos e "zerarem" seus déficits. O problema é que, juntos, as duas equipes fecharam o ano comercial de 2009 com uma negativa de 130 milhões de libras (aproximadamente R$ 350 milhões). Destas cifras deficitárias, R$ 257 milhões foram do clube de Manchester, que -financiado pelo sheik Mansour, que comprou o clube em 2009 - gastou com as contratações de Robinho, Bellamy, Shay Given e Nigel de Jong. Isso porque as chegadas de Tevez, Barry, Santa Cruz, Touré, Lescott e Adebayor ainda estão para ser contabilizadas. O déficit dos Citizens quase bateu o recorde inglês, que ainda é justamente do Chelsea. Comprado por Roman Abramovich em 2003, o clube londrino apresentou cifras negativas de impressionantes R$ 391 milhões na temporada 2004/2005. Apenas para efeito comparativo, o valor mostrado pelos Blues é superior ao Produto Interno Bruto (PIB) da Ilha de São Tomé e Príncipe, uma pequena ilha no Oceano Pacífico.

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