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Bellucci perde tie-breaks e chance de ser cabeça do Slam

postado em 08/01/2010 08:41
Ele mesmo garantiu que ser cabeça-de-chave no Aberto da Austrália não fazia parte de seus planos, mas ficou tão perto disso que provavelmente lamentará bastante. Na última madrugada (horário de Brasília), Thomaz Bellucci realizou partida absolutamente equilibrada com Tomas Berdych, número 20 do mundo, perdendo devido à ligeira queda de nível nos momentos decisivos. A batalha nas quartas de final do ATP 250 de Brisbane durou 2h42 foi definida por 7/6 (7x4), 2/6 e 7/6 (7x3). Velho conhecido de Bellucci, Berdych havia ganhado um dos dois encontros realizados com o rival, sempre no saibro do Challenger de Projestov. Desta vez na quadra rápida, sua especialidade, o tcheco precisou suar muito para confirmar os prognósticos e chegou a estar perto da eliminação, mesmo porque no segundo set pediu atendimento para tratar dores no braço direito. Muito firme, o brasileiro atuou melhor que o favorito durante boa parte do confronto e quase chegou a marcar mais pontos (104 a 108). Isso não incluiu, no entanto, os momentos decisivos. No tie-break inicial, liderava até 4 x 3 quando levou quatro pontos seguidos - nessa sequência, cometeu dois erros na rede em bolas de definição. Naquele final, cometeu dupla-falta no 2 x 2 e levou ace na sequência, desmontando mentalmente e vendo o algoz avançar para encarar nas semis o norte-americano Andy Roddick, algoz do francês Richard Gasquet por 6/3 e 7/6 (7x5). Nos desempates, pesou a maior experiência de Berdych, que soube ser mais agressivo e não errou devoluções simples como vinha fazendo nos games tradicionais. Apesar de ainda ter 24 anos, dois a mais que Bellucci, o tcheco já foi o nono colocado do ranking em 2007 e ostenta no currículo um Masters 1000, o de Madri, garantido duas temporadas antes. Dificuldades no tie-break à parte, o paulista se comportou muito bem, especialmente no serviço. No total, ele cedeu três chances de quebra e perdeu o saque apenas no início do primeiro set - depois, daria o troco quando o europeu tinha vantagem de 5/3. Além dos oito aces, destacou-se ainda pela mudança de postura a partir da segunda parcial, com subidas constantes à rede e deixadinhas que se mostraram efetivas dada a lentidão do tenista de 1,95 metro. Nesse contexto, Bellucci deixa Brisbane satisfeito com a evolução apresentada na superfície dura, mas ao mesmo tempo lamenta, já que uma vitória o colocaria entre os 32 pré-classificados do Aberto da Austrália. Agora, ele subirá da 36ª para a 35ª posição do ranking, precisando de três desistências para ser um dos favoritos do Grand Slam que começa em 18 de janeiro. Antes de pensar no importante torneio, o jovem tem compromisso no ATP 250 de Auckland, a partir deste domingo.

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