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Henin ignora Ivanovic e marca final "dos sonhos" com Clijsters

postado em 08/01/2010 11:38
De um lado da quadra, 41 títulos na carreira, sendo sete de Grand Slam, e US$ 19.461.375 em premiações; do outro, respectivamente 36, dois e US$ 16.396.856. Na final "dos sonhos", como define o próprio site do Torneio de Brisbane, as antigas líderes do ranking feminino, Justine Henin e Kim Clisters, medirão forças a partir das 7h (de Brasília) deste sábado para saber quem sai com o primeiro título do ano. Uma série de coincidência reúne Henin e Clijsters, e o fato de serem belgas é certamente a menor delas. Extremamente vencedoras, ambas abandonaram o tênis e depois retornaram: a segunda, com tanto sucesso que já em sua terceira competição levou o Aberto dos Estados Unidos, em agosto passado; a primeira, por sua vez, pode erguer um troféu já no evento que marca sua volta às quadras. Apesar dos 19 meses longe do circuito que a marcavam antes da viagem a Brisbane, a estrela que ostenta um currículo melhor não dá mostras de falta de ritmo. No fim da noite desta quinta-feira, ela se impôs facilmente sobre outra ex-número um do mundo, a sérvia Ana Ivanovic, atualmente a 21. Na construção do placar de 6/3 e 6/2 em apenas 1h06 de bola em quadra, a ganhadora deu show com belas esquerdas, subidas à rede e só pecou no saque, sendo quebrada duas vezes. "É uma situação perfeita estar na final do meu primeiro torneio. Não sabia o que esperar com altos e baixos", comemorou Henin, que esteve a três pontos da eliminação na rodada anterior, em que só bateu a húngara Melinda Czink por 7/6 (7-5) no terceiro set. Agora, ela garante não ter "nada a perder" ante Clijsters, que aplicou 6/4 e 6/2 sobre a alemã Andréa Petkovic, 55ª colocada do ranking. Nessa lista, ela já detém a 18ª posição com apenas quatro campeonatos disputados desde o fim da aposentadoria. "Acho que ninguém no mundo, especialmente na Bélgica, mesmo nossos times, esperava ver isso de novo", cravou Clijsters, que no geral se vê em ligeira desvantagem no confronto direto, que aponta 12 vitórias em 22 confrontos com Henin. O primeiro encontro entre as tenistas, que apesar das diferenças asseguram jamais terem brigado e viajavam juntas pelo planeta nos tempos de juvenil, na WTA aconteceu em 1999 e o último em 2006, na semifinal de Wimbledon. Na grama, a atleta mais baixa triunfou, porém ficaria sem o inédito título, uma obsessão que a motivou muito para retornar às quadras em janeiro. "É sempre especial quando enfrento Kim. É para isso que muita gente torceu". Resta saber qual das duas estrelas o público de Brisbane apoiará no sábado.

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