Superesportes

Togoleses apontam feridos e relatam "guerra"; país deve desistir de competição

postado em 08/01/2010 16:19
Após ver seu ônibus ser metralhado por rebeldes separatistas na cidade de Cabinda, em Angola, onde estavam concentrados para participarem da Copa Africana de Nações, jogadores da seleção de Togo afirmaram que não irão participar do torneio. O ataque ocorreu nesta sexta-feira, quando o grupo separatista FLEC (Frente para a Liberação do Enclave de Cabinda) metralhou o ônibus da delegação togolesa. De acordo com jogadores, há feridos no local. O atacante Thomas Dossevi, do Nantes, informou ao canal francês Infosport que "temos dois atletas feridos". Já Alaixys Romao, do Grenoble, aumenta a contagem para sete pessoas. "Estamos no hospital. Fomos atacados como cães e tivemos que nos esconder por 20 minutos debaixo dos assentos para evitarmos as balas", afirmou Dossevi. "A polícia respondeu. Parecia uma guerra", disse o avante. O zagueiro Richmond Forson também relatou o incidente. "Houve uma emboscada, a 300 metros da saída da alfândega em Angola. Durou uma meia hora. Os soldados que nos escoltavam conseguiram afastar os terroristas e nos escoltar até o hospital", disse Forson, que também conseguiu identificar os jogadores alvejados. "Nosso goleiro (Obilalé) foi atingido nas pernas. Serge Akakpo foi atingido no rim e perdeu muito sangue. Seu estado é grave. E nosso assessor de imprensa foi ferido no braço. Eu o enfaixei no ônibus", afirmou. De acordo com um jornalista da emissora britânica BBC, o marfinense Kolo Touré, que atua com o togolês Adebayor no Manchester City, teria recebido uma mensagem da namorada do atacante, informando que ele não foi ferido. Segundo o ministro dos Esportes de Angola, o motorista do ônibus da delegação morreu no ataque. Desistência O atentado acabou com qualquer pretensão de Togo seguir na competição. "Estamos chocados. Nem queremos mais disputar a CAN. Pensamos nos amigos, nos jogadores feridos", disse Dossevi. "Havia muito sangue no chão. Não temos mais notícias, a não ser que foram transportados ao hospital". Alayxis Romao defendeu o boicote ao torneio. "Pode cancelar todos os jogos. Deve-se boicotar a Copa Africana. O que se pensa é apenas em retornar para casa", disse o jogador.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação