postado em 09/01/2010 21:22
Cabinda (Angola) - A Confederação Africana de Futebol (CAF) anunciou neste sábado que não punirá a seleção de Togo por desistir de disputar a Copa Africana de Nações, após o ônibus da delegação do país ter sido metralhado por militantes da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), em Angola, na sexta-feira. Togo estava ao lado de Burkina Faso, Gana e Costa do Marfim no grupo B da competição, que tem início neste domingo.
"Se vocês optarem por deixar a competição, nós compreenderemos sua decisão e a aceitaremos", disse o presidente da CAF, Issa Hayatou, aos jogadores da seleção de Togo neste sábado, de acordo com comunicado divulgado pela entidade. "É uma escolha difícil. A decisão é de vocês e somente de vocês. Se vocês optarem ficar com a gente, vamos ajudá-los a superar sua dor", completou o mandatário.
Neste sábado pela manhã, o governo togolês anunciou a retirada de sua delegação do torneio. "Não podemos seguir na Copa Africana com essa situação dramática", disse o ministro de Administração Territorial e porta-voz do Executivo, Pascal Bodjona. "Não temos garantias de segurança que toda nossa equipe deveria ter", concluiu.
O ônibus da seleção de Togo foi metralhado na sexta-feira, quando era escoltado à Cabinda, cidade-sede do grupo B da competição. Na ligação entre as cidades de Chicamba e Liambo Liona, o comboio foi surpreendido por membros do grupo separatista FLEC, que alvejaram o veículo. O ataque vitimou o motorista do ônibus, o assessor de imprensa da equipe e um membro da comissão técnica.