postado em 12/01/2010 11:20
Equipe cuja participação na Fórmula 1 foi colocada em xeque pelo chefe comercial da categoria, Bernie Ecclestone, a Campos admitiu nesta terça-feira que ainda precisa de dinheiro para fechar seu orçamento. Ao mesmo tempo, entretanto, assegurou que Bruno Senna e mais um piloto estarão no grid do Grande Prêmio do Bahrein em 14 de março.
Muito em função da crise internacional que ainda atrapalha a economia da Espanha, a Campos ficou sem esperados patrocínios de empresas locais e tem sido alvo de muitas especulações nos últimos dias. Por isso, o time vem buscando uma alternativa e esta deve ser vender parte de suas ações a algum fundo de investimentos, assim como fez recentemente a Renault com o Genii Capital.
"Estamos conversando com pessoas que gostariam de ser acionistas e esperamos ter mais investidores", confirmou Adrian Campos à rede BBC. Segundo a emissora britânica, já foram iniciadas negociações nesse sentido com o empresário sul-africano Tony Teixeira, proprietário de uma empresa focada em pedras preciosas e antigo chefe-executivo da A1GP.
Apesar dos problemas financeiros, o homem-forte da escuderia espanhola garante que Bruno Senna não tem o que temer visando a este ano. "Estaremos na primeira corrida. As pessoas falam demais e criam problemas para nós. Buscamos patrocinadores, mas o projeto está muito vivo", bradou.
Carro atrasado
Bruno Senna estará no Bahrein em 14 de março, porém será obrigado a esperar até 17 de fevereiro para começar a trabalhar com o novo carro, que só estará pronto para o terceiro dos quatro treinos coletivos marcados para a Fórmula 1 - a maioria dos demais pilotos testará pela primeira vez no primeiro dia do mesmo mês.
O próprio Adrian Campos admitiu o atraso na fabricação do equipamento, que ainda está sendo desenvolvido pela companhia italiana Dallara. Também consultada pela BBC, a marca aproveitou para negar que os espanhóis estejam com o pagamento atrasado, conforme chegou a especular nos últimos dias a imprensa europeia.