postado em 12/01/2010 11:50
Entre 2002 e 2007, Ronaldo Luis Nazário de Lima defendeu o Real Madrid e, tanto quanto os gols anotados, ficou marcado na imprensa local pelas badaladas festas de aniversário que organizava com colegas do futebol. Depois, trocou a Espanha pela Itália e continuou com uma vida agitada fora dos gramados. Porém, nessas aventuras jamais foi acompanhado por Kaká, jogador que de tão avesso às baladas garante frequentar discotecas no máximo uma vez por ano.
Considerado "muito sério" pelo diário espanhol As, ao qual concedeu entrevista publicada nesta terça-feira, Kaká anda na contramão da maioria dos companheiros de profissão: evangélico fervoroso, casou-se virgem com Caroline Celico em 2005, lê a Bíblia e reza todos os dias, conforme reafirmou ao jornal.
Baladas? Só em caso especiais, para comemorar títulos conquistados. Nos dias comuns, o discreto meia prefere "sair com os amigos para jantar e ir ao cinema", o que é "normal", segundo ele. "Não gosto de discotecas. Do melhor modo no fim das temporadas, se ganhamos algo, vamos lá celebrar. Porém durante o ano não".
Com uma média, portanto, de uma ida às casas noturnas a cada 12 meses, Kaká sempre passou longe das famosas festas de aniversário de Ronaldo, com quem conviveu no Milan de 2007 a 2008. "Ainda não tive essa grande oportunidade", comentou, aos risos. "Ronaldo me encanta como futebolista. Eu saí um dia com ele. Jantamos e fui embora para casa", emendou.
Nesta temporada, o Real Madrid já foi eliminado da Copa do Rei da Espanha, e possibilidade de os espanhóis verem o brasileiro em uma balada se resume a um eventual título espanhol ou europeu. Campeão da Copa dos Campeões pelo Milan em 2006/07, ele seleciona a segunda opção. "Prefiro ganhar a Champions. É o torneio mais importante e seria um sonho", disse, vislumbrando chegar à final que está marcada para 22 de maio justamente no estádio merengue, o Santiago Bernabéu.
Campanha contra xingamentos
Existe algo que atormenta mais Kaká que zagueiros e volantes violentos perseguindo seus calcanhares. O atleta revelado no São Paulo afirma "não suportar" ouvir jogadores de futebol tentando desestabilizar adversários usando esse artifício.
"Não gosto de blasfêmia. Mas na Espanha se faz menos que na Itália. Uma vez disse aos meus companheiros de Milan que não xingassem ninguém porque Deus não tinha culpa se eles errassem um passe ou um gol", confidenciou.