postado em 12/01/2010 17:47
A situação do goleiro Fábio Costa no Santos segue indefinida. Depois de se aproximar de um acordo com a diretoria do clube, o arqueiro não parece mais tão disposto a aceitar o refinanciamento proposto pela cúpula alvinegra, o que pode complicar a negociação, que estava próxima de um desfecho positivo para os santistas.
Segundo o empresário do camisa 1 do Peixe, Marcelo Goldfarb, o mesmo tratamento do caso de Fábio Costa não foi adotado para outros atletas do elenco. "Existia um acordo e esse acordo previa que se o Fábio recebia um salário muito alto para a realidade do clube, dentro dessa postura, e em virtude do carinho e do respeito que ele tem pelo Santos, como capitão do time, aceitaria dar o exemplo, reduzindo seus vencimentos. Agora, se tiverem outros salários acima, independentemente do tempo de contrato de cada um, o acordo está temporariamente cancelado", explicou o agente.
O procurador do goleiro usou como exemplo o caso do volante Rodrigo Souto, que também é agenciado por Goldfarb - o meio-campista tem contrato até o final deste ano com os santistas, diferentemente do goleiro, que possui vínculo até o término de 2012 -, mas que não foi, em nenhum momento, chamado para conversar, visando um reajuste salarial.
"Nós havíamos definido algumas coisas sobre uma certa equação financeira que a diretoria tinha proposto. A conversa tinha sido boa e as negociações tinham evoluído bem, tanto que nós tínhamos chegado perto do ponto de acerto. Só que nesses últimos dias parece que mudou alguma coisa por parte do Santos, pois o Souto, que tem um salário parecido com o do Fábio, não vai sofrer nenhum decréscimo. Isso quer dizer que a diretriz do clube mudou. E se isso aconteceu, o salário do Fábio não vai ser mexido", afirmou.
O diretor de futebol do Santos, Pedro Luiz Nunes Conceição, tratou de minimizar a relação entre os contratos de Fábio Costa e Rodrigo Souto, deixando claro que cada situação será analisada, em seu devido momento.
"A nossa posição quanto a isso é que cada jogador é um caso a parte. Sem dúvida alguma, existe um teto salarial, que será respeitado e cumprido. Porém, existem contratos diferente, com durações diferentes. Por isso, vamos analisar cada caso de forma isolada, respeitando a política do clube", comentou o dirigente, que, apesar da indefinição, segue confiante num acordo para a permanência do arqueiro, na Vila Belmiro, com a prorrogação de seu vínculo atual até o final de 2013.
"Fábio Costa não aceitar a nossa proposta é uma hipótese que não consideramos porque as conversas evoluíram de forma satisfatória para ambos os lados", finalizou Nunes Conceição.