postado em 13/01/2010 07:00
Líder do Novo Basquete Brasil (NBB), o Universo/BRB conta com ;forças estrangeiras; em seu elenco. Não, a equipe não contratou nenhum reforço de outro país. Muito pelo contrário. Trata-se de dois velhos conhecidos da torcida brasiliense: o ala Alex e o ex-pivô Pipoka, agora auxiliar-técnico. Com bagagem internacional e passagens pela badalada NBA, os dois utilizam o que aprenderam nas terras do Tio Sam para ajudar a impulsionar o grupo.Quando perguntado sobre o que mais chamou a atenção nos Estados Unidos, Alex não demora a responder: a intensidade dos treinamentos. ;É o que mais muda dos treinos daqui para os de lá. A movimentação é igual, mas lá é pressão o tempo todo. Eles têm dois técnicos de defesa e dois de ataque que ficam pressionando para que a gente marque o atacante;, recorda.

Outro que teve a oportunidade de conhecer o trabalho feito pelos norte-americanos foi o técnico Lula Ferreira, que chegou a passar algumas semanas no Denver Nuggets, equipe do brasileiro Nenê. Para o treinador, é impossível comparar as estruturas. ;É uma comparação injusta, são mundos diferentes. Eles contam com políticas voltadas para o esporte, coisa que não temos aqui;, critica. Alex não só concorda com o chefe em relação à estrutura como afirma: ;Dá até um ânimo a mais;.
Profissionalismo
O ex-pivô Pipoka é ainda mais contundente em relação às diferenças. Para ele, são poucas as semelhanças entre o esporte jogado nos EUA e no resto do mundo. ;De igual, só que são cinco contra cinco, a bola e a altura do aro. O resto é tudo diferente;, opina. O que mais o impressionou foi o profissionalismo dos jogadores. Mas, segundo ele, tem uma explicação. ;Para cada time com 12 jogadores, tem outros 60 querendo uma vaga. Cada treino é encarado como um jogo, uma guerra;, revela.
O agora auxiliar-técnico diz que tenta passar o que aprendeu lá para os jogadores, especialmente os mais novos, mas apenas para aqueles que querem ouvir. ;Aqueles que são interessados aprendem, mas tem muita gente que, por não ter muitas oportunidades, ignora. Entra por um ouvido e sai pelo outro.;
Pipoka ainda lembra vários problemas que poderiam prejudicar as equipes dos EUA internamente, mas que são esmagados pelo profissionalismo de todos. ;Tem jogadores que não se falam fora da quadra, problemas raciais e outras coisas do tipo, mas na hora de treinar e jogar não tem nada disso, um passa a bola para o outro e todos fazem o que o técnico manda;, diz.
Atrapalhado por lesões
Alex chamou a atenção da NBA em uma partida pela Seleção Brasileira em que deu um toco no ala-pivô norte-americano Tim Duncan. Depois disso, ganhou notoriedade e conseguiu uma vaga na equipe do ex-rival, o San Antonio Spurs. Porém, uma lesão no pé prejudicou o jogador, que acabou dispensado tendo jogado apenas duas partidas. Ele ainda teve outra chance, desta vez no New Orleans Hornets, onde chegou a ser titular. Mais uma vez se machucou ; desta vez no joelho ;, acabou perdendo espaço na equipe e foi dispensado.
Apenas um jogo
A passagem de Pipoka pela NBA foi relâmpago. Ele entrou em quadra uma única vez , quando atuou por nove minutos pelo Dallas Mavericks. Nesse tempo, o pivô marcou dois pontos, deu duas assistências, cometeu três faltas e desperdiçou uma bola. Ele foi apenas o segundo jogador brasileiro a defender uma equipe da liga norte-americana. Antes dele, Rolando havia se aventurado no Portland Trail Blazers.
Estatísticas e curiosidades
Confira como foi o desempenho de Alex em suas passagens pela NBA:
; 10 jogos
; 3 como titular
; 59 arremessos tentados
; 19 convertidos
; 57 pontos
; 15 rebotes
; 18 assistências
; 6 roubadas de bola
; 1 toco