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Massa entende volta de 'professor' Schumi, agora um rival

postado em 15/01/2010 09:21
Companheiros de Ferrari na temporada 2006 da Fórmula 1, Felipe Massa e Michael Schumacher estão prestes a se reencontrar desta vez em equipes rivais. Ao contrário de alguns torcedores da equipe, o brasileiro defendeu a contratação do alemão pela Mercedes e mostrou entender a decisão do piloto, a quem considera uma espécie de 'professor', de encerrar a aposentadoria. No único ano em que conviveram na Ferrari, Schumacher acabou se retirando após chegar à última corrida do ano, no Brasil, com chances de título, mesmo mínimas. Algum tempo atrás, revelaria que aquela decisão só foi tomada por causa de Massa, que ficaria sem emprego pois a Scuderia já havia contratado Kimi Raikkonen. Agora, indiretamente o sul-americano recolocou o germânico na Fórmula 1, pela qual o segundo recuperou a paixão muito devido à empreitada, mal-sucedida, de substituir o lesionado colega em 2009. "Acho que quando ele encerrou sua carreira perfeita, era um momento difícil, pois estava lutando pelo campeonato", analisou Massa, lembrando-se da disputa com Fernando Alonso. "Na verdade ele nunca parou de correr e, no seu lugar, se eu sentisse que algo faltasse na vida, provavelmente teria tomado a mesma decisão". Na prática, o brasileiro acredita ser bom para Schumacher só voltar às pistas agora, antes do início de uma temporada, avaliando que o colega não teria como brilhar pela Ferrari a partir de agosto passado. "Não era um carro fácil, porque já estávamos focados no desenvolvimento de 2010. Acho que Michael também haveria encontrado problemas", disse. Nas sete corridas em que esteve fora, Massa foi substituído pelos italianos Giancarlo Fisichella e Luca Badoer, que não conseguiram marcar pontos. Depois de se recuperar das dores no pescoço, o heptacampeão mundial até tentou consultar a Ferrari quanto a um eventual volta, agora em tempo integral, à Fórmula 1. Sem espaço, encaixou-se na Mercedes, e o brasileiro não vê nada de mal em relação a isso. "É claro que é um pouco estranho ver Michael em um outro time. Entretanto, eu tinha contrato, e a Ferrari ainda entrou em acordo com Fernando (Alonso)". Agora não mais ao lado de Schumacher, que o ajudou a "crescer, a aprender e a alcançar um nível mais alto como piloto", Massa será obrigado a ver o 'professor' como simplesmente um rival a mais na Fórmula 1. E nega dificuldades para observar o cenário desse modo: "Corremos uns contra os outros - poderia ser Michael, (Lewis) Hamilton, (Jenson) Button, qualquer um. As provas são uma competição. Fora delas nossa amizade continuará".

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