postado em 15/01/2010 13:55
Ainda que a classificação para o Final Four da Liga das Américas não tenha mais chances de acontecer, o armador Manteguinha e o pivô Shilton sonham em aproveitar a competição como uma vitrine para alçar uma vaga na seleção brasileira, que disputa o Mundial da modalidade entre agosto e setembro, na Turquia.
"Uma competição assim é sempre importante, pois todos veem torneios internacionais e o Brasil inteiro fica de olho", comentou Manteguinha, jogador mais utilizado pelo técnico Alberto Bial. Capitão da equipe, Shilton concorda. "Não tem jogador que não pensa nisso", admite.
Até agora, os dois tem cumprido a sua parte no México. No derrota contra o Obras Sanitárias por apenas um ponto na estreia, Manteguinha foi o cestinha com 19 pontos, ao paso que Shilton conseguiu 14 rebotes. Já no confronto contra o Xapala nesta quinta, entretanto, o desempenho de ambos foi bastate ruim e o time acabou facilmente dominado.
O armador chegou a ser convocado pelo técnico Moncho Monsalve em 2009, mas acabou cortado do grupo que foi campeão da Copa América por ter fraturado o dedo mínimo do pé. "Foi uma experiência bem ruim que me deixou um pouco frustrado, mas já passou", comentou o jogador, que torce pela permanência do espanhol no comando do time nacional. "Ele gostou bastante do meu jogo e conversou muito comigo. Se ele ficar, acho que tenho boas chances de seguir na seleção", analisa Manteguinha.
Maior reboteiro do basquete verde-amarelo nos últimos três anos, Shilton, por sua vez, considera que uma troca no comando do time nacional lhe seria mais benéfico. Apesar de ter sido chamado para treinar com o time nacional em duas oportunidades, o pivô jamais teve uma chance real na seleção - a opção de Moncho causou polêmica entre torcedores e o próprio Bial já reclamou publicamente do pouco espaço dado para seus atletas.
"No meu caso, que faço parte dos selecionáveis mas nunca fui convocado diretamente acho que teria mais chances com um técnico novo", admite Shilton, que, no entanto, evita polemizar. "Eu prezo muito mais um resultado total do basquete brasileiro, independente da minha convocação ou não. Não me apego a convocações", assegurou.
Shilton, inclusive, contou que Moncho é muito querido pelos outros jogadores da seleção. Por isso, não é contra a permanência do espanhol no time verde-amarelo. "Ser aprovado pelos jogadores é meio caminho andado para um trabalho ir bem. Se realmente a aprovação é tão grande como eu senti, acho que a manutenção dele pelo menos na assistencia técnica será muito importante para que o basquete continue brilhando internacionalmente", avaliou.