postado em 19/01/2010 15:56
Apesar de ser a anfitriã da próxima Copa do Mundo, a seleção da África do Sul terá sérios problemas para não ser a primeira da história a organizar a competição e ser eliminada dentro de casa já na primeira fase.
Integrante de um dos grupos considerados como mais difíceis do torneio, o de número 1, ao lado de França, México e Uruguai, o time sul-africano, comandado por Carlos Alberto Parreira, terá uma receita especial para surpreender: um grupo quase todo formado por jogadores 'locais'.
"Nós temos que fazer as coisas acontecerem. Por isso estamos trabalhando com esses (29) jogadores locais, que, esperamos, vão nos dar o que estamos procurando. Eu diria que teremos de 60 a 70% do time final formado por jogadores que atuam na África do Sul", avisou Parreira, em entrevista ao IG Esporte.
O treinador não está preocupado com uma possível pressão para chamar atletas mais consagrados, mas que não estão atuando regularmente em seus clubes na Europa. E usou a experiência mal-sucedida com o Brasil, em 2006, para se proteger.
"Não nos preocupamos com os jogadores que estão atuando. Mas alguns estão há mais de três meses sem começarem um jogo como titulares. E precisamos pensar duas vezes antes de chamar um atleta nessas condições. Durante a Copa da Alemanha, em 2006, com o Brasil, três ou quatro jogadores chegaram fora de forma e isso foi um problema para nós", lembrou.
Fora da Copa Africana das Nações, a equipe vem se preparando em Durban, onde ficará até o próximo dia 28 de janeiro, e já tem dois compromissos agendados: um jogo-treino contra a Suazilândia e um amistoso diante do Zimbábue. Em março e maio, a seleção anfitriã da Copa vai realizar mais dois períodos de treinamentos intensivos, respectivamente no Brasil e na Alemanha.