postado em 20/01/2010 10:44
A partida mais esperada da rodada desta quarta-feira (20/1) no Aberto da Austrália fez jus às expectativas. Diante de Elena Dementieva, Justine Henin superou a fragilidade de seu serviço, salvou set-points na primeira parcial e perdeu grandes chances de vencer tranquilamente a segunda. Após 2 horas e 50 minutos, porém, conseguiu fechar a partida por 7/5 e 7/6 (8-6), mantendo a russa longe dos títulos de Grand Slam.
[SAIBAMAIS]Dificilmente mais altos e baixos poderiam marcar o encontro que levantou a torcida na Rod Laver Arena. Voltando ao ginásio pela primeira vez desde 2008, ano no qual resolveu se aposentar, a ex-número um do mundo esteve muito próxima de perder o primeiro set, mas salvou dois set-points por meio de winners quando sacava em 4/5. No tie-break da segunda etapa, também precisou reverter uma situação difícil, agredindo a partir do 5-6 para marcar três pontos seguidos e enfim avançar após um voleio bem-sucedido.
Antes de respirar aliviada, contudo, Henin viveu as mais diversas situações nessa segunda parcial. Por duas vezes, esteve uma quebra atrás do placar e, quando se recuperou, não conseguiu confirmar a vitória mesmo sacando em 5/4 e 6/5. Em uma dessas ocasiões, chegou a desperdiçar um match-point, o que levantou uma série de dúvidas em sua cabeça.
"Lembrei-me dos match-points em Brisbane e pensei: 'Vai acontecer de novo!'", admitiria, ao fim da batalha. Há duas semanas, a belga disputou na cidade seu primeiro torneio desde o retorno às quadras e foi derrotada na decisão por Kim Clijsters, que se salvou de dois pontos da partida para marcar 6/3, 4/6 e 7/6 (8-6).
Felizmente para Henin, a história não se repetiu. Assim, quem saiu decepcionadíssima foi Dementieva. A Melbourne, a quinta colocada do ranking chegou embalada pelo título em Sydney, onde arrasou Serena Williams na final, mas seguiu em jejum em Grand Slams: não soma títulos e tem duas finais em agora 45 disputas nesse nível.
Classificada à terceira rodada, a belga sabe que precisará melhorar o serviço até sexta-feira, quando encara outra russa, Alisa Kleybanova. Nesta quarta, cometeu oito duplas-faltas e só encaixou 52% dos primeiros saques. "Já não era meu melhor golpe na primeira carreira e perdi um pouco de confiança nos últimos dias, então tenho de me focar nisso no futuro", avaliou. Muito vitoriosa, a tal "primeira carreira" da atleta de 27 anos englobou sete conquistas de majors, uma medalha de ouro olímpica e 117 semanas na liderança da lista da WTA.