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Eliminado, Universo vence na prorrogação e não quer desanimar no NBB

Sem sucesso no desafio de garantir vaga no quadrangular da Liga das Américas, Universo se volta, agora, para os próximos dois jogos do NBB, quando tentará se manter na liderança da competição

postado em 25/01/2010 08:18
Enviado especial

Panamá ;
O Universo se despediu ontem da Liga das Américas com vitória sobre o Halcones, do México, por 99 x 98 na prorrogação, após empate em 90 pontos no tempo regulamentar. Mas o resultado da partida não era o que mais importava para a equipe candanga, já que ninguém no Universo tinha esperanças de que o Peñarol, da Argentina, pudesse perder para o time da casa, o Navieros, na partida que fechou a competição na cidade do Panamá e que não havia terminado até o fechamento desta edição.

Com isso, as atenções dos candangos, agora, voltam-se exclusivamente para o Novo Basquete Brasil (NBB), onde o time faz uma ótima campanha e lidera com folga, com apenas uma derrota em onze jogos. Na sexta-feira, o time volta a jogar em Brasília, desta vez contra o São José, que, ontem, se sagrou campeão paulista ao vencer o Pinheiros no playoff final por 3 x 0.

Para Lula Ferreira, o desafio, após o desânimo pela perda da vaga na Liga das Américas, é não deixar que isso contamine a equipe para os dois próximos compromissos no NBB (no domingo, o time enfrenta o Flamengo, no Rio de Janeiro).

;São dois jogos importantes que temos agora para fechar o turno no NBB. Se vencermos, ficamos em situação muito boa, porque, depois de nós, que temos uma derrota, quem tem menos perdeu três vezes (Flamengo, Minas e Franca);, lembrou Lula. ;Espero que a desclassificação na Liga das Américas não mexa com a equipe. Acho que eles são maduros o suficiente para lidar com esse tipo de emoção.;

Atenção total

O ala e capitão Alex concorda com Lula. ;Não influencia em nada. Sabíamos desde o início que quem ganhasse aquele jogo (contra o Peñarol, na sexta) ficaria com a vaga;, disse Alex. ;Temos que estar focados agora nessas duas partidas do NBB para vencermos e continuarmos líderes.;

O ala/pivô Guilherme Giovannoni foi mais longe. Ele lembrou que o jogo com o São José é crucial, pois, se vencer, mesmo que perca para o Flamengo, o Universo não tem mais como perder a liderança do turno, pois teria duas derrotas contra três dos concorrentes.

Já o ala Arthur discordou sobre os efeitos da derrota na Liga das Américas. ;É claro que influencia, por causa do desânimo;, explicou. ;Mas quando a gente voltar tem que estar recuperado dessa ressaca moral da desclassificação. Tudo o que fizermos até a hora do jogo contra o São José tem que ser voltado para a gente conseguir a vitória, que será muito importante para a gente.;

Próximos jogos


Sexta-feira - Brasília
Universo/BRB São José
Domingo ; Rio de Janeiro
Flamengo Universo/BRB

"Quando a gente voltar tem que estar recuperado dessa ressaca moral da desclassificação (da Liga das Américas). Tudo o que fizermos até a hora do jogo contra São José tem que ser voltado para a gente conseguir a vitória, que será muito importante para a gente"
Arthur, ala do Universo

O número
27 - Número de pontos que Alex, do Universo, fez contra o Halcones, do México. Ele foi o cestinha da partida


Nada de Campeonato Mundial


Quando venceu a Liga das Américas em 2009, o Universo foi tomado por uma euforia pela notícia de que a competição internacional valeria, no ano seguinte, vaga para o Campeonato Mundial. Nesse sentido, os quatro times que disputarão o quadrangular final (nenhum do Brasil, já que Flamengo, Minas, Joinville e Universo não avançaram) têm pouco a comemorar.

O secretário-geral das Américas da Federação Internacional de Basquete (Fiba América), Alberto Garcia, explicou que a entidade não conseguiu encontrar nenhum país que se dispusesse a pagar os altos custos de um Mundial e que, por isso, a competição, inédita, ainda não saiu do papel.

;Nunca houve um campeonato que tivesse representantes das Américas, da Europa, da África, da Ásia e da Oceania;, explicou Garcia. ;Queremos fazer uma disputa com dois times da América, dois da Europa, um da África, um da Ásia, um da Oceania e outro time do país-sede, mas os custos são muito altos. Acredito que as chances de conseguirmos realizar o Mundial em 2010 são de 70%;, prosseguiu o dirigente.

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