postado em 25/01/2010 09:22
Considerada pelos mais supersticiosos como dia agourento, a última sexta-feira 13, em novembro do ano passado, foi de sorte para Tatiane Oliveira e as irmãs Catharine e Julia Richter. A data ficou marcada pela convocação oficial do trio para a seletiva da Seleção Brasileira infantojuvenil de vôlei. Além delas, a também brasiliense Caroline Perotto e outras 40 jogadoras com menos de 16 anos, de todo o país, disputarão, no início de fevereiro, em Saquarema, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, as 12 vagas para integrar o time brasileiro.;Durante 10 dias, todas treinaremos juntas e seremos avaliadas pela equipe técnica da Seleção. Depois disso, 22 serão eliminadas, e em março será feito um novo corte de 10 jogadoras. As 12 finalistas vão integrar a Seleção Brasileira em 2010 e disputarão o Campeonato Sul-Americano, já em abril;, explica Julia.
A convocação foi feita a partir da indicação dos estados. Tatiane foi observada pelo auxiliar técnico da Seleção infantojuvenil Mauricio Thomas durante a final dos Jogos Escolares Brasileiros (Jebs) do ano passado. Já as irmãs Julia e Catharine foram indicadas pelo técnico do time de vôlei do Colégio Marista de Brasília, Fernando Augusto. ;O nível de todas as jogadoras está bem parecido. Acredito que a disputa será equilibrada;, avalia Catharine. A irmã caçula logo emenda: ;Eles procuram jogadoras completas. Que sejam boas no esporte, no temperamento e tenham atitude. Além disso, tem que ser madura e mostrar que é capaz de viver longe da família;.
Com a dura tarefa de conquistarem a vaga no grupo verde e amarelo, as meninas ainda querem deixar a marca do Distrito Federal na seletiva. ;Além de apresentar o que sabemos, queremos mostrar o nosso diferencial. Brasília tinha tradição no vôlei e perdeu. O esporte hoje sobrevive nas escolas. Faltam clubes para investir na modalidade e descobrir talentos, mas estamos provando que o vôlei da cidade tem qualidade e faremos o possível para entrar na Seleção;, defende Tatiane.
As três voltaram a treinar na segunda-feira passada e contam com o apoio de mais nove jogadoras do Colégio Fátima (906 Sul), que abriram mão das férias para trabalhar. ;Elas têm nos ajudado muito. Sem elas, não teríamos como treinar de forma tão completa. Nosso treino é dividido em duas partes. Uma voltada para técnica individual e outra coletiva;, conta Catharine.
Na bagagem, além da câmera fotográfica para registrar a viagem, Julia fará um diário. ;Será gostoso escrever e daqui a algum tempo ler e relembrar o que vivi;, explica.
Para o técnico das meninas, Fernando dos Santos, do Colégio Fátima, a convocação será um marco na vida delas. ;Essas jogadoras são como o patinho feio. Trabalho com elas a importância de não se sentirem menores e de não serem vistas como coitadinhas pelas outras atletas. É comum a equipe de Brasília viajar assustada;, diz. ;Catharine mesmo passou por isso em 2009. Em uma das partidas do Brasileiro, contra o time de Minas Gerais, as jogadoras de Brasília estavam se aquecendo e Catharine parou do nada e ficou olhando vidrada as mineiras treinarem;, lembra.
Ele garante que a postura dela mudou. ;Depois do Brasileiro, Catharine se transformou em outra pessoa e jogadora. A experiência é uma forma de amadurecer, que pode gerar um certo desconforto, mas traz um crescimento enorme para elas, tanto como atletas quanto como pessoas.;
Quem é ela
Nome: Catharine Richter
Nascimento: 1/1/1994, em Brasília
Altura: 1,79m
Peso: 63kg
Posição: ponteira
Começo: aos 9 anos, na escola
Times: jogou pela Seleção juvenil do DF (2009), pelo Colégio Marista, e atua pela Fábrica de Atletas (DF)
Quem é ela
Nome: Tatiane Oliveira
Nascimento: 25/3/1995, em Brasília
Altura: 1,86m
Peso: 83kg
Posição: meio de rede
Começo: aos 12 anos, no Centro de Iniciação Desportiva do Guará (CID)
Time: joga pelo Colégio Fátima (DF)
Quem é ela
Nome: Julia Richter
Nascimento: 9/11/1995, em Porto Alegre
Altura: 1,79m
Peso: 67kg
Posição: levantadora
Começo: aos 9 anos, no clube da Apcef
Times: jogou pelo Colégio Marista e hoje atua pela Fábrica de Atletas (DF)
"Vou mostrar que sou boa bloqueadora e madura para entrar no grupo"
Tatiane Oliveira, meio de rede
"Como sou uma das mais novas, vou mostrar que tenho atitude e maturidade para jogar ao lado das mais velhas"
Julia Richter, levantadora
"Haverá muitas atacantes e, para ser diferente, vou investir no fundo da quadra e mostrar que sou boa no passe e na defesa"
Catharine Richter, ponteira
Tatiane Oliveira, meio de rede
"Como sou uma das mais novas, vou mostrar que tenho atitude e maturidade para jogar ao lado das mais velhas"
Julia Richter, levantadora
"Haverá muitas atacantes e, para ser diferente, vou investir no fundo da quadra e mostrar que sou boa no passe e na defesa"
Catharine Richter, ponteira
O número
40 - Número de jogadoras que participarão da seletiva para a Seleção Brasileira infantojuvenil