postado em 25/01/2010 14:09
Revolta. Essa é a palavra que melhor define o sentimento de Narciso, técnico dos juniores do Santos, derrotados na manhã desta segunda-feira pelo Tricolor na grande final da Copa São Paulo, principal competição da categoria.
Para o ex-zagueiro, o goleiro Richard, que defendeu as cobranças de três jogadores do Santos na decisão por pênaltis - Alan Patrick, Alemão e Renan -, não teria sido o herói do jogo se o árbitro da partida, Thiago Duarte Peixoto, tivesse cumprido a regra no início do segundo tempo e expulsado o goleiro são-paulino, que fez falta em um atacante santista fora da área e era o último homem da defesa tricolor.
"Minha reclamação não foi nem pelo fato de ele (Richard) ser o último homem, mas pela violência da jogada em si. Tenho certeza de que se fosse o goleiro do Santos que tivesse feito uma falta como essa, ele teria expulsado. O árbitro pipocou", disparou Narciso, que chegou a se desentender com um homem da polícia militar na saída do gramado.
Narciso evitou criticar duramente o comportamento de seus garotos, que recuaram de maneira excessiva no segundo tempo e aceitaram a pressão tricolor - chegou ao empate aos 40 minutos. E insistiu nas reclamações em relação à manutenção de Richard em campo.
"O Santos teve o domínio do primeiro tempo, mas o São Paulo cresceu a partir dos 35 minutos. Só que se o goleiro tivesse sido expulso, não teria defendido os pênaltis", raciocinou, com total obviedade, reclamando, na sequência, do fato de ter jogado a semifinal depois do rival.
"O certo era termos jogado na sexta-feira à noite", concluiu, irritado com o fato de o Santos ter encarado a semifinal com o Palmeiras no sábado, 24 horas depois de o São Paulo ter eliminado o Juventude.