postado em 28/01/2010 18:44
Enquanto o mundo do futebol segue apreensivo diante da situação do atacante Salvador Cabañas, do América-MEX, os responsáveis pela investigação do crime apresentaram uma nova versão sobre o acontecimento. Baseados no depoimento de Javier Ibarra, faxineiro do Bar Bar (local do ocorrido) e única testemunha da tentativa de assassinato, os policiais divulgaram que o paraguaio teria provocado o atirador a disparar, após ser ofendido pelo mau desempenho apresentado no clube.
Dessa forma, a procuradoria de Justiça do Distrito Federal do México abriu uma nova linha de investigações. Ibarra revelou que as críticas eram por conta dos gols perdidos pelo paraguaio na derrota de 2 a 0 contra o Morelia, dois dias antes do acontecimento. O suspeito disse que Cabañas desafiou o homem a atirar. "Atira, atira se você é macho."
Essa nova versão contradiz a primeira apresentada pela Polícia mexicana. Anteriormente, as autoridades acreditavam que o ataque fora motivado pela presença de uma bailarina cubana, identificada como Diana Hernández. Ibarra está detido de forma preventiva na procuradoria de justiça.
Além da testemunha, Carlos Cázares, gerente do bar, dois garçons e três vigilantes estão detidos. Nesta quinta-feira, a bailarina e mais dez pessoas foram liberadas das investigações.
Na manhã desta quinta-feira, a tentativa de assassinato do atacante paraguaio completou 72 horas. Depois de ultrapassar o período classificado como crítico, o jogador do América-MEX segue em estado grave. Segundo os médicos do Hospital Angeles da Cidade do México, o atleta apresentou melhora.
"Ele continua em estado grave, porém estável. Desde então, não teve recaídas, o que dá certa tranquilidade, mas o risco (de morte) segue. Estamos entrando nas 72 horas de internação e agora temos apenas que esperar", explicou o neurocirurgião Ernesto Martínez, sem dar uma previsão sobre a saída do atacante paraguaio da UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
"Não sabemos quanto tempo permanecerá o edema cerebral, ou quando começará a diminuir este problema. Seguiremos controlando", completou.