postado em 30/01/2010 18:50
O Cruzeiro voltou a sentir o sabor de uma derrota pelo Campeonato Mineiro após quase dois anos - desde março de 2008 (ou 25 jogos). Neste sábado, o Ipatinga não pôde atuar em seu estádio, que está sendo reformado, mas superou o rival com extrema facilidade por 3 a 0, mesmo com torcida contrária no Mineirão.
De olho na fase preliminar da Libertadores, o Cruzeiro entrou em campo com um time praticamente suplente. Ainda por cima, a Raposa foi claramente prejudicada no lance do primeiro gol. De forma equivocada, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro marcou um toque de mão dentro de área do zagueiro Thiago Heleno, que foi expulso no lance. Daí para frente, o Ipatinga foi soberano em campo.
Pelo Campeonato Mineiro, o Cruzeiro volta a jogar no sábado que vem contra o Villa Nova, outra vez no Mineirão. Um dia depois, o Ipatinga estará no mesmo estádio para enfrentar o Atlético-MG. Na classificação, ambos os times ficam com três pontos (uma vitória e uma derrota).
Antes de tentar a reabilitação no Estadual, o Cruzeiro voltará a utilizar seus titulares na Libertadores da América. Na quarta-feira, a decisão da fase preliminar contra o Real Potosí, da Bolívia, no Mineirão - partida de ida terminou em 1 a 1.
O Jogo - Mesmo sem a força máxima, o Cruzeiro aproveitou a vantagem de atuar no Mineirão para tomar a iniciativa das ações. Nos dez minutos iniciais, a equipe da capital mineira incomodou principalmente através da velocidade do equatoriano Guerrón.
Só que o Ipatinga reagiu e foi mais objetivo em duas finalizações de Jajá. Aos 13 minutos, o goleiro Rafael evitou a abertura de placar. Cinco minutos depois, o atacante do Ipatinga deu azar: viu seu arremate explodir na trave.
Superior, o Ipatinga saiu na frente em um lance extremamente complicado para a arbitragem. Aos 21 minutos, Thiago Heleno salvou com a barriga o chute de Jajá. Só que o movimento feito pelo braço do zagueiro enganou o árbitro Ricardo Marques Ribeiro, que marcou pênalti e ainda mostrou o cartão vermelho ao cruzeirense. Na cobrança, Thiago Matias converteu sem problemas.
O gol deixou o Cruzeiro totalmente perdido em campo. Bem armado, o Ipatinga aproveitou os espaços deixados pela defesa do adversário para ampliar pouco antes do intervalo. Aos 40 minutos, Francismar foi lançado por Luizinho, driblou o goleiro e rolou para as redes. Por respeito ao ex-time, ele não comemorou.
Para a etapa complementar, o técnico Adílson Batista foi ousado em uma substituição. Mesmo com um a menos, ele apostou na presença de Thiago Ribeiro no lugar de Magalhães. E aí veio o castigo no contra-ataque do Ipatinga. Aos quatro minutos, o ex-santista Luizinho escapou nas costas da zaga, invadiu a área e tocou na saída de Rafael: 3 a 0.
Perdido, o Cruzeiro tinha lances de time amador. O Ipatinga já não respeitava o gigante. Aos sete minutos, Francismar tentou um gol do meio-campo. A bola passou por cima de Rafael e foi caprichosa: chocou-se contra a trave esquerda.
Espantada com o que via em campo, a torcida do Cruzeiro demorou a ter uma reação. Os gritos de "raça" foram ouvidos somente logo após Marcos Marinho perder mais uma chance clara dentro da área. O arremate raspou a trave esquerda.
A partir dos 25 minutos, o Ipatinga sentiu que o triunfo estava garantido e diminuiu as investidas. Em ritmo de treino, a equipe do Vale do Aço até poderia ter feito o quarto, mas o toque de letra de Amilton passou muito próximo da meta de Rafael.