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Federer confirma favoritismo e bate escocês Andy Murray na decisão do Aberto da Austrália

Rival tentava se tornar o primeiro tenista da Grã-Bretanha a vencer um Grand Slam desde 1936

postado em 01/02/2010 08:41
Quando se classificou para a decisão do Aberto da Austrália, o suíço Roger Federer, descontraído, brincou com um assunto que há muito incomoda os apaixonados por tênis na Grã-Bretanha: o interminável jejum dos britânicos em Grand Slams, o grupo dos quatro torneios mais importantes do mundo, composto pelo Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open.

Federer disse, ainda em quadra, que imaginava que a decisão, contra o escocês Andy Murray seria complicadíssima porque, segundo o suíço, o rival tentaria o título com todas as forças porque os britânicos estavam há ;150 mil anos; sem ganhar um Grand Slam.

Se depender do número um do mundo, a turma da Grã-Bretanha vai ter que esperar mais um tempinho até ver um de seus filhos campeão de um dos quatro ;grandes;. Ontem, diante de um nervoso Andy Murray ; um escocês de 22 anos que carregava na raquete a pressão de tentar, pela segunda vez (em 2008 ele perdeu a final do US Open para Federer), se tornar o primeiro vencedor britânico de Grand Slam desde que Fred Perry triunfou no US Open, em 1936 ;, Federer não deu chances ao rival e venceu o Aberto da Austrália pela quarta vez com uma vitória por 3 x 0, com parciais de 6/3, 6/4 e 7/6 (13/11), em 2h41min de confronto.

A exemplo do que aconteceu com o suíço em 2009, que foi derrotado pelo espanhol Rafael Nadal na decisão do Aberto da Austrália e ao receber o troféu de vice-campeão caiu no choro, Andy Murray também não conseguiu conter as lágrimas. ;Desculpe por não ter conseguido fazer isso por vocês (britânicos) esta noite;, lamentou para, depois, começar a chorar. Entretanto, demonstrando espírito esportivo, ele brincou com o choro do campeão no ano passado. ;Posso chorar como Federer. É uma vergonha que não possa jogar como ele;, emendou, levando torcedores e o próprio Federer aos risos.

O troféu em Melbourne ampliou o recorde de Federer, maior vencedor da história do Grand Slam, para 16 triunfos (veja quadro). Além disso, ele se tornou o maior campeão do Aberto da Austrália na Era Aberta (quando os torneios passaram a ser disputados pelos profissionais, em 1968). O recordista absoluto, entretanto, é o australiano Roy Emerson, que venceu em 1961, 1963, 1964, 1965, 1966 e 1967.


QUEM É ELE


Nome: Roger Federer
Data de nascimento: 8 de agosto de 1981
Local: Basileia (Suíça)
Altura: 1,85m
Peso: 85kg
Empunhadura: destro
Profissional desde: 1998
Vitórias/derrotas: 688/162
Títulos na carreira: 62

Títulos de Grand Slam: 16
; Aberto da Austrália (2004, 2006, 2007 e 2010)
; Roland Garros (2009)
; Wimbledon (2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2009)
; US Open (2004, 2005, 2006, 2007 e 2008)

Prêmios na carreira: US$ 53,4 milhões
Ranking atual: 1;

"Estou nas nuvens e mostrando um dos melhores níveis de tênis da minha vida"
Roger Federer, tenista suíço


Pelas filhas gêmeas


As filhas de Federer, Charlene Riva e Myla Rose, nascidas em julho, ainda não têm noção de como o pai é um gênio das quadras. Ainda levará alguns anos para que elas possam entender como ele reescreveu a história do tênis e o quanto ele representa para o mundo das raquetes. Mas, seja como for, o troféu Aberto da Austrália teve um gostinho especial para o suíço porque, desta vez, o título veio inspirado pelas duas crianças.

;Estou nas nuvens e mostrando um dos melhores níveis de tênis da minha vida;, comemorou o suíço. ;É meu primeiro Grand Slam como pai. Estou ansioso para que elas possam me ver em quadra no ano que vem, quem sabe;, animou-se.


Nadal despenca no ranking


O vice-campeonato rendeu uma posição no ranking ao britânico Andy Murray. Ele subiu uma posição e aparece hoje, na lista da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), na terceira colocação. Quem também subiu foi o sérvio Novak Djokovic, que passou de terceiro para segundo.

O grande perdedor da semana foi o espanhol Rafael Nadal. Campeão em Melbourne em 2009, ele caiu da segunda para a quarta posição.

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