postado em 05/02/2010 10:48
Responsável por organizar o ATP 250 da Costa do Sauípe, a Koch Tavares não pretende deixar o complexo turístico baiano nos próximos anos. O acordo para realizar o torneio no local vence em 2011, mas, de acordo com Luis Felipe Tavares, presidente da empresa de marketing esportivo, uma extensão do contrato já está em discussão."Uma eventual saída não está no nosso horizonte. O Brasil Open é um evento consolidado na Costa do Sauípe. Para mudar, precisaria mexer em um conceito que está funcionando há muito tempo. Não é assim de um dia para o outro. É um lugar ideal para fazer esse tipo de evento e tem vantagens que nenhum outro oferece", explicou.
Apesar da posição firme do executivo, a Gazeta Esportiva apurou junto às autoridades públicas que alguns locais em São Paulo foram sondados para receber o Aberto do Brasil, entre eles o Esporte Clube Pinheiros, em informação confirmada por sua assessoria de imprensa.
Questionado pela reporagem, Tavares disse desconhecer o assunto. "Estamos sempre olhando as possibilidades que temos não apenas para o Aberto do Brasil, mas também para a Copa Petrobras, por exemplo, que no ano passado fizemos em São Paulo com sucesso de público", explicou.
O complexo turístico da Costa do Sauípe é controlado pela Previdência Privada do Banco do Brasil (Previ), instituição financeira que neste ano deixou o posto de principal patrocinador do torneio. A mudança levou Jorge Lacerda da Rosa, presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), a aventar uma possível alteração de local.
Bellucci prevê mais público em São Paulo
Atual 35; colocado no ranking mundial, o brasileiro Thomaz Bellucci será a maior estrela do ATP 250 da Costa do Sauípe. Questionado sobre uma eventual mudança para São Paulo, ele foi cuidadoso. "É difícil falar disso, porque envolve o lado financeiro e depende de patrocínio, mas é claro que, se fosse em São Paulo, a visibilidade seria maior e teria mais público pela facilidade de chegar ao local", declarou.
Criado no auge do sucesso de Gustavo Kuerten, o Aberto do Brasil contava com o catarinense para manter patrocinadores, atrair novos investidores e fechar negócios, posição que será ocupada por Bellucci neste ano.
"É sempre importante ter um brasileiro em alta, porque o Brasil é um país que torce pelos seus ídolos. Além do Thomaz, tem o Feijão e o Ricardo Mello em boa fase. Consideramos isso tão importante, que nem pensamos em traze tantos jogadores de fora", disse Tavares. "O interesse de o torneio ser lá é do Banco do Brasil e se a empresa não está mais no evento, a possibilidade de sair da Bahia é grande", analisou o presidente, que espera anunciar o técnico João Zwetsch como capitão da equipe nacional na Copa Davis durante o campeonato deste ano.
De acordo com Tavares, no entanto, a mudança de patrocinador principal não influencia na decisão de manter o torneio no Sauípe. "Como a Previdência do Banco do Brasil é a proprietária dona do empreendimento, muita gente pensa que as coisas estão ligadas. Mas são administrações independentes, apesar de pertencerem ao mesmo grupo", explicou.
Com as rodadas finais do torneio deste ano no começo do feriado de Carnaval, Tavares admite que o custo aumenta, mas minimiza o fato. "Nessa época, fica tudo mais caro: a cerveja, a estadia no hotel, os voos de avião. Mas não é a primeira vez que acontece", declarou.