postado em 07/02/2010 08:57
O vento estava fraco, mas compareceu ao encerramento da Copa da Juventude de Vela, na manhã de ontem, na Raia Norte do Lago Paranoá. Com os campeões ; ganhadores das 12 vagas para o Mundial Júnior de Vela na Turquia ; já definidos na sexta-feira, restou para a final a sagração dos demais lugares no pódio. Segundo lugar na Laser Radial, o brasiliense Rodrigo Mendonça, 16 anos, começa o ano bem. Com colocação melhor que a do ano passado, quando ficou em oitavo, Rodrigo cumpriu a meta de se superar em 2010.;O Lucas Mesquita (vencedor da prova) e o Stefano Mazzaferro (terceiro lugar) velejam há mais tempo que eu, são campeões brasileiros e fiquei entre eles. Isso foi muito bom. Além de ter ganho mais experiência, consegui mais gás para as próximas competições. Pretendo competir no Pré-Olímpico (final de março, em Brasília) pela Laser Standart e no Mundial de Laser 4.7, na Tailândia. Minha ida só dependerá se vou ou não conseguir patrocínio, porque a viagem é bastante cara;, comentou o jovem.
Entre as lições que tirou da Copa, Rodrigo destaca a importância de não ceder à pressão. ;Aprendi que tenho de encarar cada regata como se fosse a primeira. Quando passei o Lucas (na colocação do segundo dia da competição) me senti pressionado e com maior responsabilidade. A pressão me atrapalhou e tenho aprendido a lidar com ela;, desabafou o velejador.
Talento feminino
Além dele, outras três brasilienses conquistaram boas colocações na mesma classe. Fabiana Paranhos, 17 anos, e as irmãs Ana Sofia, 14 anos, e Elisa Ramos, 12 anos, completaram o pódio feminino. Mesmo largando junto dos meninos, as três driblaram as dificuldades. ;Velejar com eles fica mais difícil na hora da largada e na marcação. Eram muitos barcos;, afirmou Elisa.
Para Fabiana, o número reduzido de barcos na disputa feminina (apenas cinco) não foi sinônimo de facilidade. ;Foi mais tranquilo, o que não quer dizer que foi mais fácil;, lembrou a velejadora que, mesmo tendo se afastado dos treinos por três meses, conseguiu a segunda colocação. ;Tive que parar para me dedicar mais aos estudos para o vestibular. Para esse ano, não farei planos sobre quais competições participarei. Quero continuar centrada nos livros;, revelou.
Com a vela no sangue, as irmãs contam com o apoio da família para avançar nos treinos. ;Um tio nosso tem treinado na (Laser) 470 com a gente, para nos ensinar como o barco funciona até a gente conseguir velejar por conta própria. Não sabemos como iremos nos sair, mas nos prepararemos da melhor forma possível para o pré-Olímpico;, garantiu Sofia.