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Obina estreia no Atlético-MG contra o Ipatinga no Mineirão

Paulo Galvão
postado em 07/02/2010 09:04
Belo Horizonte (MG) ; Primeira partida de um folclórico centroavante recém-contratado e da adoção de um esquema tático ousado, com três atacantes. Motivos não faltam para o Mineirão ficar lotado hoje, às 17h, quando o Atlético-MG enfrenta o Ipatinga, pela terceira rodada do Campeonato Mineiro. O alvinegro vem de vitória por 3 x 2 sobre o Tupi, também em casa, na qual teve dificuldades, mas o principal motivo do entusiasmo é mesmo a primeira partida do atacante Obina com a camisa alvinegra.

Inicialmente, o jogador poderia ter estreado na última rodada, mas o técnico Vanderlei Luxemburgo preferiu que ele passasse mais uma semana treinando para entrar mais bem condicionado, tanto física quanto tecnicamente. Isso só fez crescer a expectativa em torno do ex-rubro-negro, que se diz preparado para ajudar o Galo.

;Estou ansioso para mostrar meu valor, retribuir o carinho que recebi desde que cheguei. Podem ter certeza que não desistirei de nenhuma jogada, vou lutar o tempo todo;, prometeu o atacante. A entrada do baiano fez Luxemburgo optar pela mudança do esquema atleticano: saiu o 4-4-2 e entrou o 4-3-3. Com isso, Muriqui e Diego Tardelli continuam no time titular, mas vão jogar mais pelos lados do campo, tendo o novo companheiro como referência dentro da área.

Segundo Obina, a nova formação dá mais opções de ataque ao Galo, cujos jogadores certamente terão mais espaços para atuar. ;Claro que, com três atacantes, temos a responsabilidade de voltar para ajudar os volantes na marcação. Mas estamos preparados para isso, vamos nos doar para que tudo saia como queremos;, disse ele, que terá torcida especial hoje: a mulher e a filha estarão no Mineirão. Outro que estreia é o volante Zé Luís, que forma o meio campo com Fabiano e Ricardinho.


Cruzeiro goleia mais um
Mesmo sem Kleber, Henrique e Gilberto, o Cruzeiro manteve vivo o tabu de 11 anos sem perder para o Villa Nova e garantiu a liderança provisória do campeonato estadual, com seis pontos conquistados. Jogando no Mineirão, a equipe mista da Raposa passou por cima do adversário, superou os importantes desfalques e conseguiu mais uma goleada: 4 x 2. Vale lembrar que o time vinha de uma vitória histórica contra o Real Potosí, por 7 x 0, pela Taça Libertadores da América, e de uma derrota surpreendente para o Ipatinga, pelo Mineiro, por 3 x 0, quando também jogou com um time misto.

O Cruzeiro não teve uma das melhores apresentações, chegando até a ser pressionado pelo Villa Nova, mas aproveitou as chances criadas e esteve sempre no comando do placar. Os jovens Bernardo e Pedro Ken foram os responsáveis por municiar o ataque, formado por Anderson Lessa e Wellington Paulista na primeira etapa. Lessa passou em branco, mas Wellington não decepcionou a torcida celeste e deixou sua marca, abrindo o placar para a Raposa.

Porém, o atacante que definiu a vitória celeste veio do banco de reservas. Substituindo Anderson Lessa no segundo tempo, Thiago Ribeiro deu tranquilidade aos donos da casa, que venciam por 2 x 1 e viam o Villa crescer na partida, ao marcar um golaço. Depois, Jonathan, para o Cruzeiro, e Warley, para os visitantes, deram números finais à partida.


Gladiador até 2015
O atacante Kleber chegou a acertar sua transferência para o Porto, viajou até Portugal, mas o negócio deu para trás e ele acabou voltando à Toca da Raposa. Agora, o Gladiador mostrou que a vontade é realmente permanecer no clube mineiro. Em reunião com a diretoria celeste na noite de sexta-feira, Kleber teve seu vínculo prolongado até 2015.


Análise da notícia
Galo vai ao ataque
Com a mudança do esquema tático, o Atlético-MG entra em campo com uma equipe extremamente ofensiva. Além dos três homens de frente (Obina, Tardelli e Muriqui), a equipe conta apenas com um volante de contenção (Zé Luís). Organizando as jogadas, dois jogadores com características ofensivas: Fabiano e Ricardinho. O primeiro costuma chegar de trás e entrar na área, aparecendo como mais uma opção de finalização. Já o outro é o chamado maestro, que, além de organizar os ataques, pode decidir a partida nas bolas paradas ou em um lançamento preciso.

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