Jornal Correio Braziliense

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Roberto Carlos: 'Eu, Ronaldo e Ronaldinho precisamos trabalhar muito'

Pentacampeão com a seleção brasileira no ano de 2002, Roberto Carlos deixou a seleção brasileira após o fracasso do Mundial de 2006, quando a equipe canarinho caiu nas quartas de final diante da França. Um dos líderes daquela equipe eliminada pelos Bleus, ao lado de Ronaldo, o ala previu que a dupla, ao lado de Ronaldinho Gaúcho, do Milan (Itália), terá que trabalhar muito e atingir o auge da forma para conquistar um lugar no elenco para a Copa do Mundo da África do Sul. "Eu, Ronaldo e Ronaldinho fizemos uma história na seleção brasileira e não saímos por causa do grupo. Passaram uma imagem de desorganizados, pois tivemos dificuldades na preparação e tiveram a impressão de que não tínhamos mais vontade de estar lá. Agora, temos que trabalhar muito para voltar", afirmou Roberto Carlos, respondendo ao discurso de Dunga, que criticou abertamente nesta terça-feira a seleção de quatro anos atrás. Defensora o título mundial em 2006, a seleção brasileira chegou à Alemanha com a pinta de equipe imbatível. No entanto, a preparação dos atletas deixou a desejar, especialmente pela liberdade aos torcedores em Weggis, pequena cidade suíça escolhida pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para abrigar a fase final de treinamentos antes do Mundial. Um dos casos mais famosos acabou sendo a torcedora que invadiu o gramado e agarrou Ronaldinho Gaúcho. As 'baladas' dos atletas também foi apontada como um fator decisivo na eliminação brasileira. Ainda em território suíço, jogadores da seleção foram flagrados em uma boate. A 'escapada' foi defendida imediatamente por Roberto Carlos. "Não foi nada disso, quando nos fotografaram, estávamos de folga. O Parreira tinha nos dado uma folga." Depois de mostrar-se conformado por deixar a seleção brasileira, Roberto Carlos manifestou novamente o desejo de defender a Amarelinha. "Na época da convocação, quando chegava o fax da CBF, eu ficava perdido de tanta alegria. Porém, tenho que jogar muito no Corinthians. Primeiro é aqui, representar meu rime da melhor forma. Se surgir a chance de voltar, estarei disposto", garantiu, antes de elogiar o trabalho de Dunga à frente do time. "A seleção vive um momento maravilhoso, não está acontecendo aquele momento de pedir algum jogador para entrar, como sempre acontece nas vésperas de Copa com aquele apelo popular por alguém. Além disso, devemos lembrar que o Dunga é o chefe, quem manda e tem o direito de fazer o que quiser", completou o lateral esquerdo do Corinthians.