postado em 11/02/2010 10:54
Quatro anos passam rápido, mas, no Brasil, sede da Copa do Mundo de 2014, tempo não parece ser uma grande preocupação do governo e dos responsáveis pelos estádios que receberão os jogos da principal competição entre seleções do planeta.
Pelo menos foi essa a impressão que ficou após as declarações do gerente do departamento de Desenvolvimento Urbano e Regional do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), Rodolfo Torres, ao ser questionado sobre o andamento dos processos de financiamento para a construção e reforma de estádios no país.
"Hoje, no BNDES, a gente não tem nenhum pleito de financiamento sendo posto. Isto porque estão acontecendo agora reuniões em Zurique, de refinamento dos projetos básicos. O projeto básico aprovado pela Fifa é uma das condições para a aprovação do crédito no BNDES", justificou, durante evento realizado em São Paulo.
O BNDES criou uma linha de crédito de R$ 4,8 bilhões para a construção e reforma dos 12 estádios que serão utilizados na Copa do Mundo. Cada estádio poderá receber até R$ 400 milhões do banco e há ainda uma linha de R$ 1 bilhão para o setor de hotelaria.
Apesar do cenário de aparente atraso, Torres acredita que o Brasil não terá problemas para cumprir os prazos estabelecidos pela Fifa e deixar tudo pronto para sediar a Copa com qualidade. "Algumas cidades estão mais avançadas, com o edital de licitação já publicado. Acho que teremos algo antes de 4 de julho", apostou.
"O Brasil já está, desde o início, trabalhando com uma folga. Por isso que o pequeno atraso que houve no início das obras, em princípio, não tem maiores reflexos, desde que mantida a data limite para a entrega das obras, em 31 de dezembro de 2012", concluiu.