postado em 12/02/2010 16:26
A legalidade das polêmicas 'paradinhas' nas cobranças de penalidade poderá estar com os dias contados. Nesta sexta-feira, a Fifa (Federação Internacional de Futebol e Associados) anunciou que a International Board, órgão responsável por criar e homologar todas as regras do futebol, irá reunir-se no dia 6 de maio para discutir algumas propostas nas leis de arbitragem, entre elas, o artifício usado pelos atacantes para burlarem os goleiros.
As paradinhas são tradicionais, principalmente, no futebol brasileiro. No último domingo, o jovem Neymar, do Santos, aplicou este artifício e deixou o goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, deitado no gramado, antes de converter o pênalti que abriu a vitória do Peixe sobre o rival por 2 a 1, em confronto válido pela sétima rodada do Campeonato Paulista.
No intervalo da partida, o guarda-metas são-paulino, visivelmente inconformado, criticou o camisa 17 e 'cutucou' o atacante santista. "Disse para o Neymar aproveitar para fazer isso no Brasil, pois não é permitido na Europa. Isso não é uma paradinha, e sim um paradão", reclamou. Contudo, o próprio Rogério Ceni utilizou esta 'malandragem' durante sua carreira, como por exemplo na partida diante do Atlético-PR, válido pelo Campeonato Brasileiro de 2008
Somada as penalidades máximas, a International Board também irá analisar a punição a jogadores que impedem uma ocasião de gol por cartão vermelho. A intenção da organização é transformar este castigo de uma forma interpretativa, e a expulsão dependeria da gravidade da infração cometida pelo defensor, além do local da falta. Dessa forma, os árbitros seriam mais coniventes com a marcação de pênaltis, possibilitando a aplicação do cartão amarelo.
O terceiro assunto que será comentado na próxima reunião é a função do quarto árbitro nas partidas, com base em um relatório redigido pela Uefa, que utiliza a presença de cinco juízes na Liga Europa, inserindo dois assistentes ao lado dos gols. A intenção da entidade europeia é de diminuir os erros de marcação de faltas dentro da área e de gols considerados 'duvidosos'.
Para as decisões serem homologadas, os países membros da International Board ( Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) e a Fifa precisam chegar a seis votos no pleito. Cada pais britânico tem direito a um voto, enquanto a organização máxima do futebol mundial detém os outros quatro.