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Procuradoria pede pena mais rígida ao Cruzeiro e pode paralisar Mineiro

postado em 12/02/2010 18:10
Punido com a perda de três pontos por conta da escalação irregular do atacante Wellington Paulista na estreia do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro esperava reverter a decisão ainda nesta semana. O pedido de Recurso, no entanto, não chegou ao Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD-RJ). Isso porque a Procuradoria do órgão entrou com pedido de embargo para conseguiu uma punição mais rígida.

A mudança do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), efetuada nesta temporada, teria abrandado a punição merecida pelo Cruzeiro, de acordo com a Procuradoria. O objetivo é aumentar a pena de três para seis pontos perdidos, o que, neste momento, derrubaria a equipe para a última colocação do Campeonato Mineiro. A briga entre clube e o órgão deve crescer.

Isso porque a principal preocupação do Cruzeiro é os prazos do TJD-MG. O caso de Wellington Paulista foi, inicialmente, julgado pela Primeira Comissão Disciplinar, que só volta a se reunir em 23 de fevereiro. Um pedido de Recurso só poderia ser enviado pelo clube após essa data. A reunião seguinte da Comissão está marcada para 2 de março, quando faltarão apenas quatro rodadas para o fim da primeira fase.

"Do jeito que a coisa vai, o campeonato pode ser paralisado", disse Gilvan Tavares, advogado do Cruzeiro, em declaração ao site Justiça Desportiva. Ele vê um abuso da Procuradoria o fato de buscar punição com base na legislação anterior, sob a qual foi disputada o último Estadual. "O novo CBJD foi criado justamente para abrandar as punições", afirmou.

Sem culpa - Wellington Paulista está confiante e tranquilo. Pivô da confusão que causou a punição à Raposa, o atacante não acredita na manutenção da decisão. "Eu acho que não perde (os pontos), não, até porque o Cruzeiro tem órgãos competentes para isso, já estamos entrando com ação para que a gente possa recorrer e poder voltar com os três pontos que a gente perdeu", afirmou.

Wellington ainda garantiu, em declaração à Rádio Itatiaia que desconhecia a irregularidade ao ser relacionado para o confronto e ainda reforçou a argumentação do departamento jurídico do Cruzeiro, que garantiu que a pena foi mudada e paga em cestas básicas entregues a instituições de caridade.

"Antes de começar o Mineiro o Adilson (Batista, técnico) brincou comigo, falou para mim, ainda brincando, ;vou pagar suas cestas básicas;. Não sei nem eram, mas ele ainda brincou, porque, se o Cruzeiro pagasse as cestas básicas, eu poderia estrear no Mineiro. Logo depois veio essa notícia", contou o atleta, de consciência tranquila.

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