postado em 17/02/2010 09:02
A terça de carnaval, a exemplo do que aconteceu com o time de vôlei da Upis, também foi de trabalho para o Universo. Apesar de ainda ter um bom tempo para se preparar até seu próximo compromisso oficial (só volta a jogar pelo Novo Basquete Brasil em 26 deste mês, contra Franca, na casa dos rivais), o técnico Lula Ferreira sabe que não pode relaxar. Assim, a ordem foi retomar os treinos e manter o foco na competição.Líder isolado, com apenas uma derrota em 15 partidas, alguns jogadores do Universo terão, entretanto, uma oportunidade de suar a camisa antes do duelo com os paulistas. No próximo fim de semana, em Uberlândia, o ala e capitão Alex, o ala/pivô Guilherme Giovannoni, o pivô Estevam, o armador Valtinho, o ala Arthur e o pivô Enéias participam do Jogo das Estrelas. Lula também marcará presença, no comando de um dos times da festa.
Para o treinador, o fato de ter uma partida festiva neste fim de semana não muda em nada o foco dos treinos. ;Estamos mirando o duelo com Franca;, esclareceu. ;Esse jogo em Uberlândia é uma festividade. É um momento para mostrar o basquete, uma bela festa, mas o nosso treinamento é visando outro objetivo;, ressaltou.
Lula embarcará para Uberlândia na sexta-feira. Lá, além do Jogo das Estrelas, ele participará de duas reuniões, uma da Escola Nacional de Treinadores e outra do Comitê Técnico da Liga Nacional de Basquete (LNB).
Arthur, que representará o Universo no campeonato de cestas de três pontos, no sábado, garantiu que está afiado para o desafio. Ele disse que os treinos de arremesso que faz normalmente com o time ajudam a manter a pontaria, mas confessou que nos últimos dias fez um trabalho específico. ;A expectativa é boa;, resumiu. ;São 25 bolas que vamos arremessar e já fiz uma simulação aqui e fui bem. Deu para meter algumas bolas;, disse, sorrindo.
O Jogos das Estrelas movimentará todo o fim de semana. No sábado, além dos campeonatos de cestas de três pontos (17h) e de enterradas (18h), será disputado o Jogo dos Veteranos (19h30), com nomes que marcaram a modalidade, como o ex-armador Cadum ou o ex-ala Marcel, que participaram da histórica campanha do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis, em 1987.
No domingo, às 10h30, acontece o Jogo das Estrelas, que terá Alex, Guilherme, Valtinho e Estevam na equipe Pedroca. Lula comandará o time rival, Kanela, que não tem jogadores do Universo no elenco.
Uma partida histórica
Os Jogos Pan-Americanos de 1987, em Indianápolis, viram uma partida histórica na decisão do basquete. O Brasil enfrentou o favoritíssimo time dos Estados Unidos e venceu por 120 x 115, em um jogo que mudou os rumos da modalidade. Até ali, a seleção norte-americana jamais havia perdido uma partida em casa, estando invicta havia 34 jogos. Oscar Schmidt foi o grande destaque, com 46 pontos, seguido de Marcel, com outros 31. A medalha de ouro brasileira abriu as portas para mudanças no time norte-americano, que seria obrigado, tempos depois, a escalar os profissionais da NBA para manter a hegemonia dos EUA no mundo das cestas.
Alex desiste das enterradas
Até a semana passada, o ala Alex aparecia como o representante do Universo no campeonato de enterradas do Jogo das Estrelas. Entretanto, ele abriu mão da disputa e foi substituído pelo pivô Enéias.
;Isso aí é para a molecada;, explicou o jogador, de 29 anos. ;Hoje em dia é difícil ver uma enterrada minha em um jogo. Não que eu não pule mais. Eu ainda pulo bem. Mas já tive minha época. Em 2007, quando fomos campeões brasileiros, eu dava no mínimo uma enterrada por jogo;, lembrou o ala. ;Agora, mais velho, a gente usa mais a experiência e não gasta mais tanta energia à toa;, justificou.
Para Enéias, a oportunidade de participar foi um belo presente. ;É uma festa muito legal. É bom para a gente aparecer e mostrar o que sabe fazer;, comemorou. ;Vai ser bacana representar a cidade e o Universo. E ainda tem um bom prêmio se a gente ganhar;, ressaltou, referindo-se aos R$ 4 mil pagos a quem vencer o campeonato de enterrada e de cestas de três pontos.
"Isso aí (enterradas) é para a molecada. Em 2007, quando fomos campeões brasileiros, eu dava no mínimo uma enterrada por jogo. Agora, a gente não gasta mais energia à toa"
Alex, ala do Universo
Alex, ala do Universo