postado em 19/02/2010 21:21
Um dos 'sobreviventes' do fracasso do Mundial de 2006 na atual seleção de Dunga, o atacante Robinho voltou a sorrir. Depois de uma apagada passagem pelo Manchester City, da Inglaterra, o Rei das Pedaladas convive com a boa fase novamente no Santos. Focado em uma nova empreitada na carreira, o jogador não esquece da Copa do Mundo de 2010 e repetiu o tradicional discurso adotado pelo atual técnico da pentacampeã mundial para valorizar a atual preparação da 'canarinha', visando o hexa na África do Sul.
"Os erros de 2006 não serão cometidos novamente. O grupo da seleção está fechado, focado e bem preparado para este Mundial. O Dunga conseguiu isso com méritos. Quando a seleção brasileira está unida, fica muito difícil de ser batida. Agora, é completamente diferente", garantiu o atacante santista, em entrevista concedida à Rádio Globo.
As palavras de Robinho ressaltam a nova fase da seleção brasileira. Sem muitos jogadores badalados e investindo em um futebol mais competitivo, Dunga prefere convocar atletas que responderam seus chamados, e que trouxeram resultados positivos a ele durante esta sua passagem na seleção, ao invés de grandes estrelas do futebol mundial.
Constantemente, o comandante responde perguntas sobre os possíveis retornos de Ronaldinho Gaúcho, do Milan, e Ronaldo, do Corinthians, da mesma forma que Robinho falou nesta sexta-feira. Apontados por grande parte da crítica como principais 'personagens' da falta de comprometimento no Mundial da Alemanha, a dupla de 'Ronaldos', principalmente o meia-atacante, retomou a boa fase.
"Quero que o torcedor lembre o que vocês (jornalistas) falavam em 2006 e o que falam hoje, pois ou vocês estavam errados naquela época ou estão agora. Todos reclamavam dos jogadores que não eram comprometidos com a seleção brasileira. Hoje tenho um grupo com jogadores que brigam com seus clubes para jogar na seleção. Vou deixar esse jogador fora?", disse o treinador, há cerca de dez dias.
Remanescente daquela geração de 2006, Robinho ressaltou a importância de chegar fisicamente inteiro na Copa do Mundo. E, para exemplificar este fator, o atacante do Santos relembrou a fraca preparação para o torneio de quatro anos atrás.
"O maior problema mesmo foi que não estávamos tão bem preparados para a disputa de uma Copa do Mundo. Trata-se de um torneio curto, com sete jogos. Por isso, o principal fator é físico mesmo. Temos de chegar inteiros", disse o Rei das Pedaladas.