postado em 21/02/2010 21:02
As críticas por parte de torcedores organizados não tiram a serenidade de Antônio Carlos para iniciar o trabalho no Palmeiras. O técnico alviverde assegura que não irá perder a cabeça com as acusações vindas da maior facção organizada do clube, sobretudo após a vitória deste domingo contra o São Paulo.
Um dia antes do clássico, cerca de 70 pessoas estiveram na porta da Academia de Futebol para uma manifestação pelos recentes resultados do clube. Mesmo sem responsabilidade com o passado da equipe, Antônio Carlos chegou a ser taxado de "racista" ainda pelo entrevero com o volante Jeovânio em 2006.
"Foram 30 ou 40 pessoas, só dois seguraram a faixa. A torcida do Palmeiras sempre teve carinho por mim", rebateu Antônio Carlos, ídolo do Verdão nos anos 90.
Neste domingo, Antônio Carlos recebeu, pelo menos, aplausos da chamada "turma do amendoim", os torcedores que integram as sociais do estádio palmeirense. O "carinho" aconteceu antes de a bola rolar e nos minutos finais da partida, quando placar favorável estava garantido.
"Quando a torcida gritou o meu nome, eu me emocionei mesmo. Tenho história no clube, junto com o pessoal de 1993, tiramos o clube da fila. Eu me lembrei hoje de tudo o que ocorreu, de todos os títulos", avisou Antônio Carlos.
Diante do São Paulo, torcedores organizados voltaram a criticar a diretoria. No intervalo e ao fim do clássico, mesmo com o placar positivo, muitos manifestantes utilizaram um nariz de palhaço e, nas proximidades dos camarotes dos dirigentes, dispararam contra o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo e o vice de futebol Gilberto Cipullo.