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Inter sofre, mas estreia com vitória na Libertadores

postado em 24/02/2010 00:09
Se ainda tinha algum tipo de birra em relação a Alecsandro, ela desapareceu. Após marcar gol decisivo no Gre-Nal, o centroavante, diversas vezes vaiado, deu a vitória ao Inter na estreia na Libertadores. O camisa 9 não precisa aparecer durante os 90 minutos, ele sabe que não é craque. Ele só quer ter a confiança da torcida de que pode resolver. Na noite de terça-feira, Alecsandro resolveu. Nos minutos finais, ele fez o último gol no 2 x 1 aplicado sobre o Emelec. O time não teve a atuação desejada pelos 39 mil colorados presentes do Beira-Rio, mas foi o suficiente para dividir, no número de pontos, a liderança da Chave 5 com o Nacional.

Os colorados começaram mal, muito mal a partida. Sem bons lances ofensivos, os gaúchos passaram a erguer a bola na área, sem se aproximarem do sucesso. O Emelec se aproveitou do pobre futebol apresentado pela equipe de Jorge Fossati. Aos 3 minutos do segundo tempo, Quiroz marcou. Nei, logo em seguida, igualou o placar.

Após o 1 x 1, quando o Inter não tinha mais três zagueiros, o time mostrou maior força, maior insistência na procura do gol. Porém, somente aos 41 minutos, Alecsandro, após receber passe de Walter, deu a primeira vitória colorada em suas oito estreias em Libertadores.

O Inter parte para dois jogos fora de casa pela Libertadores. Primeiro, no Equador, diante do Deportivo Quito, em 11 de março, depois contra o Nacional, do Uruguai. O Emelec atuará em casa na próxima rodada contra o Nacional, em 9 de março.

A estreia

O começo do Inter na Libertadores, mesmo sendo em casa, não foi de empolgar. Ficou baixo do esperado. Com um futebol modesto, pouco teve a comemorar o torcedor presente no Beira-Rio. Tendo disputado a pré-Libertadores, eliminando o Newell;s Old Boys, o Emelec entrou em campo na rotação certa da partida. Os colorados estavam em um giro um pouco abaixo e viram, logo no primeiro minuto, Quiroz arrematar sobre o gol, mas de dentro da área.

Os equatorianos trataram de embolar o meio de campo. Funcionou. Tentando sair de trás, Jorge Fossati viu seus jogadores terem que explorar com insistência o lado direito. Na canhota, Kleber, bem marcado, estava longe da bola, vendo sua passagem para o ataque trancada.

Edu e Nei apareciam com maior constância, mas seus cruzamentos passavam longe de Alecsandro. O centroavante não recebia em condições de dar prosseguimento às jogadas. O camisa 9 foi finalizar somente aos 41 minutos, batendo em cima da defesa.

O Inter não produziu muito além disso. Sandro e Giuliano tentaram de longe, sempre sem perigo ao experiente Elizaga. O melhor lance saiu em cobrança de escanteio com Bolívar tocando para fora. Foi só.

A torcida cantou o hino do clube abafando o silvo do apto do árbitro autorizando o início do segundo tempo. O coro de 39 mil pessoas não foi suficiente para embalar a equipe. Pelo contrário, parece ter motivado o Emelec. Aproveitando-se de um mau posicionamento do trio de zagueiros colorado, Quiroz apareceu livra na área, tocando para dentro do gol. A primeira participação mais efetiva do estreante Abbondanzieri foi buscar a bola dentro do gol, aos 3 minutos.

Quando o Inter começava a se precipitar e a torcida a mostrar sinais de impaciência, Nei colocou o empate no placar. Após fintar o adversário, o ala disparou um tiro indefensável de longe. A bola, em uma trajetória estranha, morreu no ângulo, aos 7 minutos.

Quase que instantaneamente uma forte chuva caiu sobre o Beira-Rio. Com água ou sem água, o desempenho apresentado pelos colorados era abaixo do esperado. A atuação estava tão ruim, que Fossati, pela primeira vez em jogos oficiais, abriu mão dos três zagueiros, colocando Taison na vaga de Nei e deslocando Danilo Silva para a lateral.

Taison fez o time lembrar a existência da possibilidade de atacar pelo lado esquerdo. Elétrico, o atacante entrou pedindo a bola, levando o Inter para frente. Aos 21 minutos, em chute de longa distância, o goleiro Elizaga soltou. No rebote, Edu se enrolou com o adversário, sem conseguir tocar na bola.

A defesa ainda deu mais um susto, quando Abbondanzieri foi driblado e Danilo Silva, na cobertura, evitou o gol. No inédito 4-3-3 de Fossati, os colorados passaram a demonstrar vontade para virar o resultado. Impondo velocidade, os lances de perigo foram criados, faltando o último toque.

Os jogadores "queriam" testar o torcedor para as fortes emoções que virão no restante da Libertadores. No lance mais primoroso do confronto, o gol da vitória saiu, aos 41 minutos. Andrezinho tocou para Walter, dentro da área. O garoto, sem demonstrar egocentrismo, ele não chutou, apenas rolou para Alecsandro dar os primeiros três pontos em busca do bi da América.

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