Patrícia Trindade
postado em 27/02/2010 15:27
Rio de Janeiro - O veterano treinador Joel Santana adotou um discurso ao estilo Dunga para resumir como vai conduzir o Botafogo na Taça Rio (segundo turno do Campeonato Carioca) a partir deste sábado (27/2), quando o alvinegro estreia no segundo turno contra o Americano, às 19h30, em Campos, na primeira apresentação depois do título da Taça Guanabara (primeiro turno), no domingo passado, com uma vitória por 2 x 0 sobre o Vasco, no Maracanã.
"Os jogadores cobrados até com faixas foram lá e provaram que tinham condições de serem titulares do Botafogo. Ganhamos um título. Vou privilegiar esses que estavam aqui. Mas estamos encorpando o grupo com jogadores de qualidade", disse o técnico alvinegro, referindo-se aos perseguidos pela torcida, como o meia Lúcio Flávio, o lateral-direito Alessandro e os volantes Eduardo e Fahel, à chegada dos reforços a General Severiano.
Filé
Assim como Joel, o técnico da Seleção Brasileira não se cansa de repetir que só vai "comer o filé" (ir à Copa do Mundo da África do Sul, em junho), quem "roeu o osso" (mostrou lealdade e defendeu o Brasil em competições sem o mesmo glamour nos últimos quatro anos, como a Copa das Confederações e a Copa América).
Os reforços recém-contratados pela diretoria - o zagueiro Danny Morais, o volante Sandro Silva, o atacante Edno e o lateral-direito Jancarlos - já estão integrados ao grupo, mas o paizão Joel deixou claro que a prioridade será dar continuidade ao time que, mesmo desacreditado, conquistou o primeiro turno do Carioca.
Mas, se depender do desempenho técnico, ao menos dois reforços deverão acabar a Taça Rio entre os titulares: Jancarlos, já que Alessandro pouco produz tanto no apoio quanto na marcação pela direita, e o zagueiro Danny Morais, que tem bom posicionamento na área, é eficiente nos desarmes e nas antecipações e tem mais recursos que os atuais eleitos para compor o trio defensivo.
Fantasma do "vice de novo"
Embora conquistar a Taça Rio não seja prioridade para o Botafogo, o fracasso na final dos últimos três Cariocas, todos diante do Flamengo, faz com que o clube queira evitar o desgaste de disputar mais uma decisão estadual. Se ganhar o segundo turno, o alvinegro elimina o mata-mata final e não terá de conviver com o risco de ser tetra-vice.
"Podemos administrar essa primeira fase da Taça Rio, que teoricamente é mais tranquila, para recuperar fisicamente os jogadores. Depois, dá para pensar em um jogo por vez, poupar apenas um ou dois atletas e não cinco ou seis, como alguns times deverão fazer. Sem contar que vamos ter tranquilidade para jogar, com a torcida ao nosso lado", afirma o preparador físico, Eduardo Fontes.