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Roberto Carlos reclama: "O futebol brasileiro me bloqueou"

postado em 08/03/2010 11:41
Um carrinho do lateral esquerdo Roberto Carlos assustou os seus companheiros logo na estreia do veterano pelo Corinthians. Ele deslizou no gramado do Pacaembu e só parou no banco de reservas, diante do Bragantino. Após duas expulsões em clássicos, contra Palmeiras e Santos, o jogador passou a se policiar mais em sua readaptação ao futebol brasileiro.

"Eu sempre chegava para disputar a bola antes do adversário. Hoje, tenho medo porque posso tomar cartão amarelo ou vermelho no Brasil. O futebol brasileiro bloqueou a minha maneira de jogar", protestou Roberto Carlos, que será julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) nesta segunda-feira - o jogador já escapou de punição pelo cartão vermelho recebido contra o Palmeiras.

Após 15 anos atuando na Europa (por Internazionale, Real Madrid e Fenerbahce), Roberto Carlos confessou que se desacostumou com a arbitragem nacional. "É até complicado falar sobre isso. Não posso comparar o futebol europeu com o brasileiro. Na Europa, os árbitros são profissionais. No Brasil, eles trabalham durante a semana e apitam depois", reclamou, inconformado.

[SAIBAMAIS]Para os torcedores mais supersticiosos, o histórico de laterais esquerdos do Corinthians na Copa Libertadores da América é de confusões com a arbitragem. Os então jovens Kleber e Roger foram expulsos nas oitavas de final de 2003 contra o River Plate, da Argentina, após provocações do meia Andrés D;Alessandro.

Em 2010, o reserva de Roberto Carlos na Libertadores também é um prata da casa: Dodô. O argentino Escudero acabou preterido depois de más apresentações e algumas jogadas violentas. Torcedores criaram até uma campanha para ironizar o jogador na internet, o "Projeto Escudero 1.000 cartões".

Roberto Carlos, no entanto, tentou despreocupar a torcida do Corinthians. Mesmo considerando injustas as suas expulsões, o lateral esquerdo garantiu que usará a sua experiência para não prejudicar o clube na Libertadores. "A gente vai se acostumando. O árbitro brasileiro deve deixar o jogo correr mais solto, com mais contato físico. E, nós, jogadores, devemos evitar os carrinhos e não ficar se agarrando nos escanteios", conscientizou-se.

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