postado em 10/03/2010 14:55
A seleção da África do Sul fez, nesta quarta-feira, uma intensa sessão de treinos no gramado da Granja Comary, casa normalmente habitada pelos craques do Brasil, mas escolhida por Carlos Alberto Parreira para abrigar os Bafana-Bafana durante uma pré-temporada de trabalhos no país.
Depois de comandar as atividades, o treinador enumerou as vantagens de treinar no Brasil. "Aqui é o berço do futebol mundial e isso tem de servir de motivação para o nosso time. O futebol sul-africano não tem um estilo definido, mas parece muito com o brasileiro. Quero vê-los colocando a bola no chão e jogando com habilidade como os brasileiros", pediu.
Além de exaltar o lado positivo de trabalhar em território tupiniquim, o técnico da anfitriã do próximo Mundial não deixou de dar sua opinião sobre os recentes fatos envolvendo o atacante Adriano, do Flamengo. E apostou que o 'Imperador' está cavando sua própria ausência na Copa.
"Lamento o que está acontecendo com ele, pois o Adriano é um jogador que faz a diferença dentro de campo, mas que precisa acertar sua vida fora dele. Se acertar, o Dunga pode contar com ele para decidir jogos. Mas desse jeito, está caminhando para uma não-convocação", apostou.
Adriano à parte, Parreira focou seu discurso na preparação sul-africana, que enfrentará vários desafios em território brasileiro - Fluminense, Volta Redonda, Cruzeiro, Botafogo e os resevas de Santos e Palmeiras -, a partir do dia 13. E se mostrou ciente da pressão que enfrentará por ser o anfitrião da principal competição do mundo entre seleções.
"Dirigir o dono da casa só aumenta a pressão. A cobrança lá na África do Sul é tão grande quanto aqui no Brasil. O torcedor não quer saber se o time está bem no ranking da Fifa, se tem os melhores jogadores. Eles querem a taça. Respondo que também quero", concluiu.