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Brasileiros sonham com vitória em São Paulo

postado em 12/03/2010 11:22
Com sete representantes entre os 24 carros no grid de largada da etapa de São Paulo da Fórmula Indy, os brasileiros sonham com a vitória em casa neste domingo. Para isto, eles terão que vencer o desafio de correr em uma pista inédita, projetada e construída em três meses. "Quem se adaptar mais rápido, leva a melhor. O trabalho entre piloto e equipe será fundamental", comentou Mario Romancini, da Conquest. "A reta de 1,5km na Marginal vai ser fundamental no acerto do carro, pois vai contra o que se espera em um circuito de rua, que é aderência", explicou. O discurso entre os representantes verde-amarelos é o de "que todos podem vencer", reforçado pelo fato de os competidores correrem com equipamentos iguais. "Ninguém entra para perder", lembrou Raphael Matos, melhor estreante da Indy em 2009. O fator "casa", no entanto, pode ser um diferencial. "Isso ajuda, mas também aumenta a pressão um pouco. Só que a partir do momento que eu entro no carro, fico focado", destacou Helio Castoneves. "Será uma emoção para todos nós, não só por ser no Brasil, mas por ser a abertura. Vamos esperar que o público venha. Dizem que Deus é brasileiro", sorriu. De volta às pistas da Indy pela primeira vez desde que sofreu fraturou duas vértebras em um grave acidente sofrido na última edição das 500 Milhas de Indianápolis, Vitor Meira acredita que não terá problemas em acelerar fundo. "Corrida é como andar de bicicleta, você nunca esquece. Por isso, acredito que vou fazer um bom papel", destacou. Estreantes na categoria, apenas Bia Figueiredo e Romancini adotaram um discurso modesto. "As minhas metas são diferentes. Vou fazer uma estreia e quero manter os pés no chão. Vamos trabalhar para ver o que a gente consegue, mas ficar entre os dez primeiros já estaria bom", comentou Mario. Bia, por sua vez, preferiu nem fazer uma projeção de resultados. "Só quero ter tranquilidade para conseguir terminar a prova e adquirir experiência", declarou a primeira brasileira em uma categoria top do automobilismo mundial. Na Indy desde 2003, Kanaan disse admirar os compatriotas mais novos. "A experiência só ajuda em momentos de tensão, pois você já sabe como agir. Por isso, eu admiro a coragem da Bia e do Romancini", destacou o piloto da Andretti, que há alguns dias tem sentido o clima da prova. "Desde que eu cheguei no Brasil, já no aeroporto muito mais gente veio tirar foto comigo. Estou com frio na barriga", admitiu.

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