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Ameaças de morte contra Belluzzo causam ira no Palmeiras

postado em 27/03/2010 19:55
Belluzzo: crise dentro e fora do campoSão Paulo ; Enquanto o time tropeça dentro de campo e dá adeus às chances de vencer o Campeonato Paulista, fora dele o principal dirigente do clube, o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, luta para descobrir quem está fazendo ameaças contra sua vida.

Após a partida contra o Mirassol, a terceira seguida sem vitórias no Estadual, Belluzzo confirmou, em entrevista para a Rádio Globo, que vem sofrendo ameaças de morte, via cartas anônimas, há pelo menos quatro semanas. Mas se recusou a atrelar o fato ao fraco desempenho da equipe nos gramados.

"Isso é algo habitual e a polícia já me disse que não acredita ser do futebol. Acreditam ter cunho político", resumiu Belluzzo, que entregou os projéteis enviados dentro das cartas à polícia científica e mostrou estar bem menos revoltado do que ficaram o técnico Antônio Carlos e o vice de Futebol do clube, Gilberto Cipullo.

"Acho uma imbecilidade incrível. A diretoria, no ano passado, trouxe dois dos melhores treinadores do futebol brasileiro (Wanderley Luxemburgo e Muricy Ramalho). Esse ano, mudaram e trouxeram um jovem com ideias diferentes e que precisa de tempo para trabalhar", colocou Zago, defendendo os diretores e seu próprio trabalho.

Cipullo, o mais cobrado pela torcida, que levou faixas pedindo sua saída antes do jogo contra o Mirassol, concordou com o treinador. "Não recebi nenhum tipo de ameaça, mas acho essa atitude covarde, de baixo nível. A polícia está trabalhando para a identificação dos autores", avisou.

Questionado se pretende deixar o clube devido às pressões, foi claro: "Não é esse tipo de atitude que vai nos fazer abandonar o barco. O Palmeiras é muito grande, maior do que essas pessoas. Enquanto houver apoio da diretoria e da presidencia, eu continuo. Já falei que não estou agarrado ao cargo. Quando acharem que preciso sair, saio na mesma hora", garantiu.

Assim como fez Antônio Carlos, Cipullo também defendeu a competência do presidente. "Não acho justas as críticas. Montamos um time forte no início do mandato, que liderou metade do Campeonato Brasileiro. Seguramos jogadores, apesar do assédio, trouxemos o Love, o técnico tricampeão, pagamos a multa para o Danilo jogar (contra o Atlético-PR). Não começamos bem o ano, mas outros times também não. Acho que não há nada mais que a diretoria possa fazer e estou otimista quanto ao futuro do Palmeiras, pois o grupo já mostrou que tem qualidade~, concluiu.

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