Superesportes

Líder da seleção, G. Silva mostra mágoa com desvalorização no Brasil

postado em 29/03/2010 18:31
Fora do país, Gilberto Silva é louvado como grande volante, seguro, de bom passe e forma simples de jogar. No entanto, no Brasil, o "cão de guarda" da defesa tem mais fama de "brucutu" e sem habilidade, e é um dos nomes contestados pela torcida. Presença garantida na equipe de Dunga para a Copa do Mundo de 2010, o volante do Panathinaikos ainda mostra mágoa com o tratamento recebido em seu país natal. "Vejo isso como mais um fator de motivação, embora claro que às vezes ainda fico chateado, ainda mais quando se trata do meu país. Lá fora sou super-respeitado e as pessoas valorizam o que eu faço", afirmou Gilberto Silva ao site da FIFA. Prestes a ir à sua terceira Copa do Mundo, o volante - que esteve presente no título de 2002 e na decepção de 2006 - crê que sua experiência será de grande valor para o grupo de Dunga na África do Sul. "Em 2002, jogadores como Cafu, Ronaldo e Roberto Carlos eram os nossos parâmetros, e eu tive a felicidade de conseguir um lugar no time e jogar até a final. Já em 2006, quando estava mais experiente, não comecei a Copa como titular, mas terminei entre os onze. De todo modo, vivi os dois lados: a vitória de 2002 e a derrota na Alemanha, em que a frustração foi enorme. Acho que essa experiência tem algum valor". Agora, para a Copa de 2010, o volante de 33 anos crê que tanto a liderança fora das quatro linhas quanto seu estilo de jogo serão fundamentais. "A liderança acaba vindo de forma natural, sem ninguém precisar forçar. Os que chegam agora na Seleção já têm a tendência de se espelhar em quem já conhece melhor o ambiente", ressaltou. Quanto a seu desempenho durante as partidas, não importa o placar do jogo, raramente Gilberto Silva será o principal protagonista. Isso porque sua maneira de jogar tem um mantra: simplicidade. "Sou um jogador que procura sempre simplificar na forma de jogar. Mas essa nem sempre é a melhor forma para quem assiste. Só que, sinceramente, eu não me incomodo. Não me importa se vou passar despercebido por quem escreve a nota no jornal depois", conclui.

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