postado em 31/03/2010 12:25
Enquanto a fase européia da Fórmula 1 não começar, não dá para contar com uma grande evolução no desempenho dos carros da HRT F1 Team. A avaliação realista é de Bruno Senna, que nesta quinta-feira fará o reconhecimento do circuito de Sepang e participará das primeiras reuniões técnicas da equipe espanhola visando a participação no GP da Malásia.
Bruno, que passou a quarta-feira em meio a atividades promocionais, contou que apenas na volta à base em Murcia é que os trabalhos de desenvolvimento do carro serão iniciados. A exemplo da Virgin, a Hispania também espera ter tudo pronto no início do calendário europeu, no começo do mês de maio.
"Só quando começarmos a mexer nos amortecedores é que poderemos estabelecer o acerto básico. Aqui, isso não é possível", comentou Bruno, que praticou wakeboard com o companheiro de equipe, Karun Chandhok, no Centro Aquático Nacional em Kuala Lumpur. "Tanto aqui quanto na China, precisaremos ter paciência, procurar aumentar a quilometragem e melhorar a resistência dos carros", continuou.
A HRT F1 Team investigou e descobriu a causa da pane hidráulica que provocou o abandono de Bruno Senna nas primeiras voltas do GP da Austrália no domingo passado em Melbourne.
"Quebrou um bico que pluga nas mangueiras que se conectam à caixa de câmbio - provavelmente por um colapso do material de tanto que o assoalho bateu no chão. Mas essa peça era de alumínio e já foi substituída por uma de aço. Na verdade, isso já poderia ter sido feito na Austrália, mas não tínhamos nenhuma indicação de um problema. Tanto que o Chandhok correu com uma peça igual e completou a corrida", lembrou.
Bruno mostrou-se indiferente à previsão da meteorologia, que indica a possibilidade de chuvas - até de forte intensidade - durante todo o fim de semana. Segundo ele, as condições do asfalto não fazem diferença em relação ao desenvolvimento do carro. Mas admite que o imponderável possa representar uma ajuda extra. "Quanto maior o número de variáveis, maior a chance de acontecer algo imprevisto que nos beneficie", observou.
A HRT F1 Team recebeu a bandeira quadriculada pela primeira vez em Melbourne com Chandhok e desta vez quer levar os dois carros até o final. Bruno está seguro que em algumas provas estará brigando de igual para igual com as demais novatas, Virgin e Lotus. "Vamos chegar nelas, é só uma questão de tempo", prometeu o brasileiro.