postado em 01/04/2010 12:43
Vencer, classificar e espantar a zebra. Esse é o objetivo do Atlético-MG, que enfrenta a modesta e surpreendente Chapecoense-SC, nesta quinta-feira, às 21h30 (de Brasília), no Mineirão, pela Copa do Brasil. Para se classificar para as oitavas de final da competição, o Galo terá que vencer por uma diferença de dois gols, já que perdeu na primeira partida, em Chapecó-SC, por 1 a 0.
Para este compromisso, o técnico Wanderley Luxemburgo teve um problema de última hora. O zagueiro Jairo Campos foi vetado por causa de uma lesão no joelho esquerdo na última partida do clube, contra o Ituiutaba, no Mineirão. O jogador, que ficará afastado por até dez dias, será substituído pelo jovem Werley, de 21 anos. O defensor foi titular no ano passado e continua sendo uma boa opção para o técnico Wanderley Luxemburgo, pois tem correspondido à altura quando entra na equipe.
"Estou tendo a oportunidade de jogar, tenho ajudado meus companheiros dentro de campo e espero ter outra oportunidade na quinta-feira para que eu possa entrar e ajudar o Atlético a buscar a classificação", disse Werley.
A Copa do Brasil sempre revela algumas surpresas. Equipes menos expressivas no cenário nacional já desbancaram alguns grandes, que ficaram manchados por causa do vexame. O ano de 2002 foi épico para alguns pequenos. Naquele ano, algumas zebras reinaram. O Atlético foi eliminado pelo Brasiliense, que perdeu para o Corinthians na final. Mas o maior desastre foi a desclassificação do Palmeiras, que saiu para o Asa de Arapiraca, ainda na segunda fase.
Naquela época o treinador do Verdão era Wanderley Luxemburgo, que hoje comanda o Atlético. Ele pede atenção à sua equipe para não ser novamente surpreendido. "Mata-mata muda tudo, caso contrário você não teria uma equipe da quarta divisão do Espanhol tirando o Real Madrid, você não perderia para o ASA de Arapiraca, como eu já perdi. Agora é uma fase que você não pode errar, porque senão está fora", observou o treinador.
O tradicional esquema 4-4-2 será mantido. A expectativa era que Luxemburgo voltasse para a formação com três atacantes na última partida, contra o Ituiutaba, já que Diego Tardelli estava de volta após se recuperar de uma lesão. No entanto, o treinador vetou o esquema e postou a equipe no 4-4-2, com Junior no meio-campo e Muriqui indo para o banco. O ataque foi formado por Diego Tardelli e Obina, que prefere a formação com dois atacantes.
"É uma formação que estamos mais acostumados a jogar. Temos mais espaço na frente e a gente não tem aquela preocupação de voltar até o volante. A gente se preocupa mais em fazer os gols. Então acho que o time rende melhor com dois atacantes porque dá mais liberdade para a gente lá na frente", avaliou Obina, que já marcou 12 gols na temporada.
A Chapecoense não vive um bom no Campeonato Catarinense, mas começa a se reabilitar na competição. Com a vitória por 2 a 1 sobre o Imbituba, fora de casa, na rodada passada, a equipe pulou para a oitava colocação, mas ainda corre risco de ser rebaixado. Alguns jogadores com problemas de indisciplina foram dispensados e outros atletas chegaram recentemente para reforçar o time.
O goleiro Ricardo, que teve boa atuação no primeiro jogo contra o Atlético, revela a estratégia da Chapecoense: fazer um gol para dificultar a vida do Galo. "Temos que jogar com inteligência. A gente sabe que o Atlético aqui tem uma força muito grande, mas a gente sabe também que se fizer um gol na casa deles, automaticamente aumenta mais a nossa vantagem. Vamos jogar com cautela, buscando sempre o gol", explicou.