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Após falha, Abbondanzieri classifica o Inter nos pênaltis

postado em 08/04/2010 00:23
Falhou no começo e decidiu no fim. Assim foi a noite de Pato Abbondanzieri, goleiro do Inter. Após falhar no primeiro gol da partida no empate no tempo normal por 3 x 3 com o Novo Hamburgo, o argentino defendeu a última cobrança do Noia na decisão por pênaltis, válida pelas quartas de final do Campeonato Gaúcho, garantindo a vaga colorada por 5 x 4. Agora, no sábado, o Inter decide um lugar na final contra o Ypiranga, no Beira-Rio. Emoção do início ao fim foi proporcionada no Estádio do Vale. O Novo Hamburgo saiu na frente com três minutos de jogo, em cobrança de falta de Micael, causada após falha na saída de bola do goleiro Abbondanzieri. Se o Inter não atuava bem, Jorge Fossati pôde contar com dois atacantes fazedores de gol. Primeiro Alecsandro, de cabeça, depois Walter, em um chutaço de longa distância, viraram o jogo ainda no primeiro tempo. Aproveitando-se da fragilidade colorada, o Anilado sempre esteve melhor em campo. Mais consistente, os donos da casa empataram no início da etapa complementar com Maiquel. Quando tudo parecia indicar a disputa por pênaltis, Alecsandro, aos 26 minutos, acertou um tiro de fora da área, deixando o Inter próximo da semifinal. Mas o futebol é dinâmico, não permitindo vacilos. Quando tudo parecia indicar a classificação do Inter, Michel marcou o terceiro do Noia, levando a decisão da vaga para os pênaltis. Nos tiros da marca dos 11 metros, Abbondanzieri salvou a última cobrança do Novo Hamburgo, batido por Kempes, dando a vitória aos colorados por 5 a 4. O jogo Alguns jogadores entraram no molhado gramado do Estádio do Vale vestindo camisas de mangas compridas. O fato mostra a mudança de clima ocorrida nos últimos dias no Rio Grande do Sul. Porém, o futebol do Inter segue igual, baixa qualidade. A fragilidade colorada apareceu logo nas primeiras ações do jogo. Com dois minutos, Abbondanzieri iniciou o processo de despedaçar o time. O goleiro saiu jogando com os pés pelo meio. O passe saiu errado. Parou nos pés de Preto. Como último recurso Sandro cometeu falta a um passo da área. Na forte cobrança de Micael, a bola bateu em D'Alessandro e entrou. Mesmo sem mostrar qualidade coletiva, o Inter conseguiu juntar os cacos e se reerguer. Não demorou muito para o empate chegar. Aos sete minutos, Kleber achou Alecsadnro na área. O centroavante testou para igualar o placar. O gol da virada saiu aos 22 minutos, com Walter. Um golaço. Livre, o camisa 18 matou no peito, ajeitou no chão para disparar um chute no ângulo de Juninho. Um golaço, em um arremate mágico, dedicado ao amigo Taison, dono de uma das posições no banco de reservas. Mas uma partida tranquila ainda está fora do alcance dos comandados de Jorge Fossati. Sem poder contar com Nei, com dores musculares, o uruguaio colocou Glaydson improvisado na lateral. Sem proteção, o volante foi envolvido por Paulinho, o melhor jogador do Novo Hamburgo, inúmeras vezes. Por vezes, o Noia marcava com sete jogadores no campo colorado, dificultando a saída de bola. Quem também complicava era Abbondanzieri. O goleiro seguia atrapalhado, tentando realizar defesas em dois tempos. Em um dos erros, o Anilado chegou a marcar, mas um impedimento bem assinalado evitou temporariamente o empate. Recuados, os volantes do Inter só davam combate quando o adversário já estava habitando a intermediária defensiva vermelha. Pelo alto, os visitantes sempre perdiam a primeira bola. Em uma dessas derrotas pelo alto, Micael acertou a trave. Nos instantes finais, Giuliano quase marcou o terceiro, mas seu arremate saiu desviado. No intervalo, Kleber, do Inter, passou mal, vomitou, tendo de ser substituído por Juan, muito mais zagueiro do que lateral. Sem um jogador de ofício no lado do campo, o time de Fossati centralizou suas movimentações, não se aproveitando dos erros de posicionamento do atrapalhado trio de zagueiros do Novo Hamburgo. O Anilado soube aproveitar as falhas defensivas dos colorados. Após receber em posição duvidosa, Márcio Hahn tocou na saída de Abbondanzieri para Maiquel empatar. Sendo dominado no meio-campo, Fossati reforçou a marcação no setor colocando o volante Wilson Mathias no lugar do meia Giuliano. A troca não evitou os avanços do Noia. Porém, a noite era dos golaços. Desta vez o autor foi Alecsandro. Mais ou menos de onde Walter havia marcado no primeiro tempo, o centroavante decidiu mais uma partida, em um chute preciso no ângulo de Juninho. Na vitoriosa campanha colorada na Libertadores e no Mundial de 2006, Michel era o mais odiado jogador do elenco pelos torcedores, mas era homem de confiança do então técnico Abel Braga. Atualmente, Michel está no Novo Hamburgo e segue enchendo a torcida do Inter de desgosto, pois aos 35 ele completou cruzamento de Juba igualando pela terceira vez o placar. Nos pênaltis Abbondanzieri se redimiu nos pênalti. Paulinho, Cláudio, Luis, Michel e Micael marcaram para o Novo Hamburgo. O goleiro argentino defendeu o quinto pênalti do Noia cobrado por Kempes. Para o Inter converteram Alecsandro, D'Alessandro, Glaydson, Wilson Mathias e Taison. Zebra na Serra A campanha irretocável do Caxias na fase de grupos não foi suficiente para eliminar o Ypiranga, em Caxias do Sul. O time de Erechim podia ter tido uma classificação mais fácil, mas deixou os donos da casa empatarem por 2 x 2 no tempo normal. Nos pênaltis, o Periquito venceu por 3 x 1. O Ypiranga saiu na frente marcando dois gols, com Marcelo Rosa, no primeiro tempo, e Dinei, aos 14 minutos do segundo. Em seis minutos, o Caxias igualou tudo, com Christian Borja e Ewerton, cobrando pênalti. Na decisão por pênaltis, Flávio Fias e Alecsandro desperdiçaram para o Ypiranga. Porém, o Caxias foi ainda pior. Edu Silva e Christian Borja pararam no goleiro Marcelo Pitol. Assim como Edenílson. Ele cobrou e Pitol defendeu, mas adiantou-se. No segundo chute, o goleiro defendeu novamente, dando a vitória ao Ypiranga por 3 x 1.

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