postado em 15/04/2010 23:58
O zagueiro Manoel, do Atlético-PR, acusou o também zagueiro Danilo, do Palmeiras, de racismo na noite desta quinta-feira, durante a vitória do Verdão por 1 x 0, na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. De acordo com o rubro-negro, o rival cuspiu em sua cara durante discussão durante o primeiro tempo e o chamou de "macaco"."O Danilo cuspiu em mim e me chamou de macaco. Ser chamado de macaco é a pior coisa que tem", disse o jogador, que pisou no rival durante o segundo tempo como forma de revidar, durante a acirrada disputa entre ambos: "Realmente eu pisei nele, porque eu estava muito chateado e faria novamente. Confesso que eu pisei, porque ele me chamou de macaco".
A diretoria do Atlético-PR promete não deixar barato a atitude do defensor alviverde e, assim, deve se dirigir a uma delegacia da capital paulista após deixar o Estádio Palestra Itália. "Isso é absurdo. Vamos fazer uma queixa-crime contra o Danilo e levar isso na Justiça até o momento final. Ele já foi violento em outros lances", disse Ocimar Bolicenho, diretor de futebol do Furacão.
Palmeiras nega
Diante da polêmica, o diretor de futebol do Palmeiras, Savério Orlandi, negou a atitude de racismo e lamentou a denúncia feita. "Isso não aconteceu e acho que foi uma coisa desnecessária por parte deles. O jogo está aberta, a vaga não está decidida e ainda temos um segundo jogo. Não precisava disso", afirmou o dirigente.
Apesar disso, Orlandi confirmou que a cusparada aconteceu, em lance evidenciado por câmeras de televisão. "Isso não te como negar. Eu vi o lance e é muito evidente. Mas o departamento jurídico do Palmeira vai se organizar e vamos defender o jogador quando ele for julgado", complementou o diretor de futebol do Verdão.
Danilo deixou o Palestra Itália cercado por seguranças e por uma saída diferente da usada pela maioria dos jogadores. O técnico Antônio Carlos, que passou por episódio semelhante quando defendia o Juventude, preferiu não comentar: "Não sei o que aconteceu, até porque não conversei com o Danilo. Amanhã vamos ver o que fazer".
"Já vi até jogadores da raça negra chamarem um ao outro por esse nome (macaco). Então, cada um vê de uma maneira diferente. O que aconteceu comigo ficou arquivado no passado e estou aqui para falar da partida", disse o comandante, encerrando o assunto nos vestiários do Palestra Itália.