Superesportes

Bernardinho aceita derrota, mas não gosta de jogo único em SP

postado em 18/04/2010 17:39
Bernardinho é conhecido pela forma efusiva com a qual cobra seus atletas em quadra. Surpreendentemente, porém, o treinador se manteve calmo após o Unilever tomar a virada do Sollys/Osasco e perder o título da Superliga feminina de vôlei 2009/2010. Para o técnico, as paulistas mereceram o resultado. "Perdemos para um grande time. Essa derrota não é demérito nosso, ela faz parte do jogo, da vida, do esporte. É claro que saio de quadra triste, frustrado, mas orgulhoso da luta da minha equipe", comentou o treinador, que fez uma rápida análise dos momentos decisivos. "Tivemos a chance e não soubemos fazer. Pode ser que tenha nos faltado um pouco de concentração, de clareza nas ideias. O time ficou um pouco sem ação e cometeu alguns erros no tie-break que comprometaram a nossa trajetória", lamentou. Fã de séries de jogos nos playoffs, o treinador só deixou clara a sua insatisfação com o fato de a final em jogo único ter sido disputada em São Paulo - por ter feito a melhor campanha na fase classificatória, o Unilever teoricamente tinha o direito de decidir no Rio de Janeiro, mas antes do início da Superliga todos os times concordaram com a decisão no ginásio do Ibirapuera. "Aqui não é a nossa casa. Não adianta você fazer uma liga durante cinco, seis meses, ganhar a vantagem e não poder usá-la, mas não sou eu quem decido. Só não acho que, filosoficamente, isto seja o correto como regra. A festa foi bonita e jogar em São Paulo não influenciou o resultado, mas se, por exemplo o Pinheiros, que foi o quinto, chegar à final no masculino, vai tirar a vantagem de jogar em casa que seria do Cruzeiro e do Montes Claros, que ficaram à frente", argumentou. Bernardinho também respondeu aos adeptos do argumento de que, nas duas últimas temporadas, o Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) ter determinado que a partida única da decisão fosse no Maracanãzinho - contra o mesmo Osasco, o Unilever venceu em ambas as vezes. "Só que nós sempre fomos os primeiros na fase classificatória", observou o técnico, lembrando que isso daria o direito de o Rio decidir em casa pela antiga regra. Apesar de a maioria do público de mais de 11 mil pessoas que compareceu ao Ibirapuera neste domingo apoiar o Osasco, a diferença não era tão grande. Aproximadamente 40% do ginásio estava com as cores do Unilever. "Confesso que, para mim, só mudou o ginásio. Vieram alguns ônibus do Rio e não acho que o lugar tenha mudado o resultado", destacou. Ex- jogadora do Unilever e há duas temporadas no Osasco, Sassá discordou do antigo técnico. Para ela, atuar em São Paulo foi melhor para o time de Luizomar de Moura. "Por mais que vão falar que não, que final é diferente, na minha opinião o fator casa faz a diferença", sacramentou.

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