postado em 22/04/2010 08:08
Andrade esteve próximo de ter sua demissão decretada no Flamengo, mas uma reunião da diretoria após a perda do título da Taça Rio para o Botafogo garantiu uma sobrevida ao técnico. Nesta quarta-feira, ele conseguiu um dos objetivos necessários para se manter na Gávea: levou o rubro-negro à vitória contra o Caracas, da Venezuela, mas a classificação na Copa Libertadores ainda é incerta.
Apesar da ameaça e dos protestos da torcida, Andrade descartou entregar o cargo. "Não vejo motivos para fazer isso, mas essa pergunta não tem que ser feita para mim. Estou consciente do que tenho feito, acho que tem sido um bom trabalho", disse o pressionado comandante: "Quando decidi ser técnico, sabia que ia enfrentar essa pressão. Estou no futebol há mais de 30 anos e sei como tudo funciona".
Sem saber qual atitude será tomada pela presidente Patrícia Amorim em conjunto com o vice-presidente de futebol, Marcos Braz, ele prefere aguardar a definição de seu destino. "Ainda não fui convidado para nenhuma reunião. Pode ser que eu seja, mas a programação, para os próximos dias, vai ser normal", afirmou o ex-jogador, que assumiu o time interinamente em 2009 e o levou ao título brasileiro.
Antes disso, Andrade era auxiliar técnico, posição para qual pode voltar caso seja demitido do cargo principal na comissão técnica. "Sinceramente, ainda não pensei nisso, não passou pela minha cabeça. Vou para casa, tenho que esfriar a cabeça com a minha família e pensar tranquilamente. A diretoria ainda não se pronunciou. Vou aguardar qualquer decisão", complementou.