postado em 27/04/2010 17:10
Nesta terça-feira, Andrade concordou com a tese apresentada pelo ex-vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, e apontou motivação política como a causa de sua demissão na Gávea. O treinador campeão brasileiro não escondeu a mágoa com a saída do clube e rebateu a justificativa apontada por Patrícia Amorim: falta de comando."A impressão que tenho é de que, para ficar bem no cargo, precisaria ganhar o Brasileiro, o Estadual, a Libertadores, o Mundial... Tinha 70% de aproveitamento. Foi uma demissão política. Faz parte da vida. Um dia eu volto", disse o treinador, em declaração ao jornal carioca Extra.
A crise nos bastidores do Flamengo acabo bom a passagem de Andrade pelo clube, mesmo com um currículo excepcional - tem cinco títulos brasileiros, quatro como jogador e um como treinador. A eliminação no Campeonato Carioca e a sofrida classificação à segunda fase da Copa Libertadores deixaram o técnico exposto demais.
Diante dos privilégios de grande parte do elenco - especialmente do atacante Adriano -, das críticas abertas de Petkovic à diretoria rubro-negra, da briga do sérvio com o goleiro Bruno nos vestiários após uma partida e dos constantes escândalos, Patrícia Amorim acusou falta de comando ao demitir Marcos Braz e Andrade.
Para provar o contrário, o treinador usou episódio vivido pelo Palmeiras no Brasileirão de 2009. "Na briga entre o Maurício e o Obina, quem deu entrevista depois do jogo? Quem anunciou a punição? Não foi o Muricy. Foi um dirigente, um diretor. O técnico tem que dar resultado em campo. E eu fiz isso", rebateu o comandante, que foi procurado pelo Goiás após a saída, mas não acertou.