A judoca Sarah Menezes ainda não conseguiu dormir depois das vitórias de ontem (28) em Londres. Aos 22 anos de idade, foi a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro dessa modalidade em Jogos Olímpicos.
Além disso, quebrou um jejum de 20 anos desde a última vez que o judô nacional subiu ao lugar mais alto do pódio olímpico, o que aconteceu nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992, com Rogério Sampaio.
A emoção que impediu o sono da grande campeã olímpica, de 1,54 metro e 48 quilos, nascida em Teresina, tem motivos além da medalha. Ela disse que falou apenas rapidamente com os pais por telefone, depois da última luta, mas prevê que o feito ;vai mudar completamente; sua vida e a de sua família.
Sarah Menezes quer incentivar os mais jovens a praticar o esporte na capital piauiense. ;Pretendo, depois dessa medalha, montar um projeto social para que apareçam novos talentos. Penso em ajudar as pessoas que estavam ao meu redor, no momento que mais precisei;.
A judoca também fez um agradecimento especial ao seu técnico, Expedito Falcão, um dos principais motivos para não ter deixado o Piauí pra treinar em outro centro. ;Quem sempre acreditou em mim foi meu treinador, Expedito. Então, nunca saí de Teresina porque sempre foi ele quem mais acreditou nesse sonho, e eu acabei sonhando com ele;.
Ela também destacou o trabalho psicológico feito desde os Jogos Olímpicos de Pequim, quando foi derrotada na primeira luta, com apenas 17 anos de idade. ;O que mais é preciso trabalhar nos atletas é a parte mental mesmo;, disse.